Em 22 de janeiro de 2012 postei aqui neste blog um artigo do ambientalista carioca Sérgio Ricardo denunciando a existência de uma indústria do estado de emergência em que os governantes fluminenses estariam se beneficiando das catástrofes causadas pelas chuvas torrenciais que normalmente ocorrem durante o verão a partir do recebimento de verbas federais voltadas para evitar ou minimizar os efeitos catastróficas dos grandes eventos climáticos (Aqui!).
Pois bem, hoje (09/01/2013) o jornal FOLHA DE SÃO PAULO publicou um artigo bastante detalhado (Aqui!) mostrando que apenas nos últimos três anos o governo federal, através do Ministério da Integração Nacional, enviou a bagatela de R$ 425,9 milhões para o (des) governo de Sérgio Cabral aplicar em variados tipos de obras voltadas para impedir a repetição de catástrofes como a que ocorreu na região Serrana em 2011.
No entanto, apesar de ter sido pródigo em gastar já que 79% da verba recebida foi efetivamente gasta, não há qualquer garantia que o (des) governo estadual tenha conseguido reverter esta gastança na infra-estrutura necessária para evitar a repetição das catástrofes ou mesmo para responder mais eficientemente à ocorrência delas. Um exemplo perfeito disto foram as recentes inundações em Xerém onde o sistema estadual colapsou e os habitantes daquele distrito ficaram à merce da própria sorte.
Mas nada disso deve incomodar quem está se beneficiando desta nova indústria que se alimenta da desgraça alheia. Na verdade deve ter gente neste momento fazendo a famosa "dança da chuva" para que as águas do verão cheguem logo e em grande quantidade. Afinal, só assim a indústria vai poder funcionar. Já aqueles que novamente perderão tudo, inclusive as suas vidas, estes são os que se chama nas guerras de "perdas colaterais".