AS GREVES NAS OBRAS DO PAC CONTINUAM E A GRANDE IMPRENSA, É CLARO, ESCONDE
A matéria abaixo publicada no site do jornal BRASIL DE FATO (http://www.brasildefato.com.br) dá conta de mais uma greve em obra dentro de um empreendimento incluído dentro do chamado Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), agora nos canteiros da Hidrelétrica de Jirau em Rondônia.
Apesar da Justiça do Trabalho (deveria se chamar justiça dos patrões e das corporações, isto sim) ter declarado a greve ilegal e ordenado a volta ao trabalho, os operários se recusaram a fazê-lo. Afinal de contas, cansados de tanto desrespeito aos seus direitos, resolveram continuar usando o único instrumento que lhes dá algum poder de negociação.
Trabalhadores de Jirau decidem manter a greve
Justiça do Trabalho declarou que a greve é ilegal e determinou que os funcionários voltem ao trabalho
Da redação
Trabalhadores da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Porto Velho (RO), decidiram manter a paralisação das atividades no canteiro de obras, que já está em seu sexto dia. Segundo o Sindicato dos Empregados da Construção Civil do Estado de Rondônia (Sticcero), a decisão ocorreu depois de uma assembleia realizada pelos operários nesta sexta-feira (16).
Na quinta-feira (15), a Justiça do Trabalho declarou que a greve é ilegal e determinou que os funcionários voltem ao trabalho. Foi fixada uma multa diária de R$ 200 mil para o Sticcero em caso de descumprimento.
Entre as reivindicações dos operários estão aumento de 30% dos salários, aumento do valor da cesta básica, plano de saúde e cinco dias de folga a cada 70 trabalhados (atualmente, a folga é a cada 90 dias corridos de trabalho).
Essa não é a primeira vez que as péssimas condições de trabalho na usina causam revolta entre os trabalhadores. Em março do ano passado, os operários também paralisaram as obras da usina. Houve incêndio nos alojamentos dos operários, e a empresa acionou forças policiais para conter a revolta.