quinta-feira, 4 de abril de 2013

Ações da OGX caem após corte de rating pela S&P

Por Daniela Meibak | Valor

Ações da OGX caem após corte de rating pela S&P

SÃO PAULO - No dia seguinte ao corte da nota de crédito da OGX pela Standard & Poor’s (S&P) as ações ordinárias da empresa de petróleo de Eike Batista, recuam, por volta das 11h35, 5,41%, a R$ 2,10, renovando a mínima histórica. No mesmo horário, o Ibovespa cai 0,70%, a 55.171 pontos.

Ontem a Standard & Poor’s rebaixou a nota de crédito da empresa de ‘B’ para ‘B-’, devido a preocupações com a maturação dos projetos da companhia e de seu perfil de liquidez restrito. A perspectiva é negativa, o que indica que a agência de classificação de risco vê possibilidade de novos rebaixamentos no médio prazo.

“Apesar de a companhia não ter vencimentos de dívida significativos até 2018, esperamos que ela queime todo seus caixa durante 2013”, afirmaram os analistas da S&P em nota.

Bônus

No mercado externo de dívida, os solavancos com os bônus da OGX não são sentidos da mesma forma que na bolsa brasileira. Os títulos dívida da OGX com vencimento em 2018, os mais líquidos, operam com preço ao redor de 80% do valor de face, um ponto percentual abaixo do que no fim do dia de ontem.

Na última semana de março, momento de maior aversão dos investidores de renda fixa com a empresa, os mesmos papéis chegaram a operar com preço ao redor de 75% do valor de face.

Segundo operadores deste mercado no exterior, o comunicado recente da S&P não deve impactar tanto este mercado. De acordo com eles, haveria uma venda mais generalizada dos bônus caso a empresa tivesse sido rebaixada de grau de investimento para a faixa de nível especulativo, uma mudança considerada mais significativa, já que muitos investidores institucionais têm mandato para manter apenas bônus com notas mais altas em suas carteiras.

“O título já tinha nota ruim, que agora ficou um pouco pior. Não houve grande mudança de categoria nem uma novidade muito relevante no relatório da S&P”, disse um operador.

Os títulos da OSX para 2015, que também têm bônus negociados no exterior, operavam com preço de 99% do valor de face, um ponto percentual abaixo do fechamento de ontem. Esses papéis, entretanto, são bem menos líquidos que aqueles da OGX.

As outras empresas do grupo X não possuem bônus emitidos no exterior.