domingo, 28 de abril de 2013

Rei morto, rei posto. Eike perdeu? Salve Lemann!


A vida de Eike Batista não anda mesmo fácil.  Não basta a má fortuna de suas empresas no mercado de ações,  Eike agora parece ter deixado de ser o mais querido da mídia corporativa. É que após ser celebrado aos quatro ventos por essa mesma mídia como o homem que não errava, agora vê-se trocado nesse posto de adoração pelo mais "sóbrio" Jorge Paulo Lemann que agora aparece como o exemplo do que é bem sucedido pelas Organizações Globo. 

Não é preciso nem ser fã de livros de conspiração para notar que Eike caiu definitivamente em desgraça. Afinal de infalível, Eike agora passou a ser "exuberante, barulhento, extrovertido".  

Vamos ver agora como reagem os "Eiketes" locais. Será que vão ver algum anti-lobby contra o Porto do Açu envolvendo os inocentes membros da Família Marinho?


Vidas paralelas: Jorge Paulo Lemann e Eike Batista

Os dois empresários têm algo em comum: sonharam alto. Suas trajetórias podem inspirar os que perseguem sonhos de todos os tamanhos


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Fotos: Alan Marques/Folhapress e Patrick Fallon/Getty Images)

Capa - Edição 779

Eike Batista, de 56 anos, é exuberante, barulhento, extrovertido. Jorge Paulo Lemann, de 73, é discreto, silencioso, reservado. Se pudesse, Lemann passaria a vida longe das colunas sociais. Eike as frequentava quase diariamente quando era marido da modelo Luma de Oliveira – e, depois do divórcio, seus namoros continuam a ser assunto. O exuberante Eike sempre quis ser o homem mais rico do mundo. Dizia ter dúvidas sobre se ultrapassava o bilionário número um, o mexicano Carlos Slim, “pela direita ou pela esquerda”. O discreto Lemann nunca perseguiu esse objetivo. Depois de arquitetar e construir a maior cervejaria do planeta, a AB InBev, e de comprar, nos últimos anos, empresas de varejo, alimentos e fast-food, Lemann se tornou o homem mais rico do Brasil, com uma fortuna estimada em cerca de US$ 18 bilhões. No último ano, Eike viu seu patrimônio encolher de US$ 30 bilhões para perto de US$ 10 bilhões. Ele continua bilionário – mas sua história, contada da perspectiva de hoje, tornou-se um enredo de queda. Ao passo que a história de Lemann, vista neste momento, é uma das mais impressionantes fábulas de sucesso do Brasil atual.



O mais interessante ao examinar as duas trajetórias em paralelo – como faz ÉPOCA nesta edição – não é comparar a fortuna de um ao infortúnio do outro. As duas histórias – diferentes em gênero (epopeia e drama) e número (US$ 18 bilhões e US$ 10 bilhões) – têm algo em comum: estão entre as sagas empresariais mais vibrantes da história recente do país. A de Eike mostra um empresário criativo, ambicioso, capaz de atirar em várias direções – cujo erro pode ter sido exatamente abarcar setores econômicos em excesso. A de Lemann descortina um império assentado sobre poucas e sólidas ideias, forjadas num início de carreira que, entre outros percalços, registra uma falência e erros de administração. Como toda aventura humana, as sagas de Lemann e Eike são feitas de sucessos e fracassos. Ambos estão entre os maiores empresários do Brasil e com ambos é possível aprender lições de empreendedorismo, uma das causas de ÉPOCA. É nesse espírito que publicamos duas reportagens que contam a trajetória desses dois brasileiros na edição desta semana. Refletir sobre as trajetórias dos que sonharam alto é sempre inspirador para aqueles que cultivam sonhos de todos os tamanhos.