segunda-feira, 29 de abril de 2013

Revista: queda de Eike tem sido rápida, mas governo vai apoiar



A petrolífera de Eike Batista perdeu 90% de seu valor em bolsa em 12 meses Foto: Getty Images

A revista Exame do mês de maio traz como reportagem principal uma narrativa sobre o que chama de queda "cruelmente rápida" de Eike Batista. Segundo a publicação, no caso da petrolífera do empresário, a OGX, a queda no valor da ação foi de 90% em 12 meses, o que faz a revista perguntar se "o sonho acabou".

De acordo com a Exame, Eike criou um modelo de interdependência entre as companhias do grupo EBX e o que era um trunfo, já que quando uma vai bem, todas se beneficiam, virou um problema, pois quando uma vai mal, contamina as demais. A revista também cita que o empresário não entregou uma série de promessas, como produção de minério de ferro pela MMX e petróleo pela OGX.

Segundo a reportagem, Eike tem tido problemas para manter seus principais executivos, já que o modelo de remuneração era vinculado ao desempenho das ações das empresas - em queda há mais de 1 ano. Com isso, as companhias estão tendo que reajustar os salários - a OGX propôs aumento de 54% para os executivos. Porém, segundo um alto funcionário do grupo "está todo mundo procurando emprego".

O grupo EBX já trocou nos últimos três anos nove presidentes, nove conselheiros e 22 diretores, entre eles os presidentes da OGX, MMX (duas vezes) e o vice-presidente da holding, a EBX.

A revista ainda afirma que o governo federal tem negociado ajudar o grupo de Eike Batista. A reportagem diz que Eike e seu pai, Eliezer Batista, encontraram-se com a presidente Dilma Rousseff em Brasília e ouviram que seriam apoiados. A Exame também afirma que Eike "é muito grande para quebrar" e que grandes bancos que emprestaram dinheiro ao empresário perderiam dinheiro com sua falência.

Ao final da reportagem, a revista compara Eike ao Brasil dos "anos de euforia", quando o País crescia sem fazer esforços e o presidente da República, então Luiz Inácio Lula da Silva, dava conselhos sobre capitalismo aos americanos, e sugere que Eike e o Brasil devem falar menos e entregar mais.

Em uma rede social, Eike deu uma breve resposta à Exame: "o empresário brasileiro nunca vai parar de sonhar!".