quinta-feira, 8 de março de 2012

JUSTIÇA CHILENA SUSPENDE TERMELÉTRICA DE EIKE BATISTA: PROVA CABAL DE QUE O BRASIL ESTÁ SE TORNANDO O REINO DAS CORPORAÇÕES POLUIDORAS



A notícia abaixo produzida pela AFP, e circulada no Brasil pelo site UOL, dá conta que a Justiça do Chile acaba de suspender a construção de uma termelétrica que seria a maior da América do Sul e que seria mais uma das propriedades poluidoras do bilionário Eike Batista.  A Corte de Apelações da província do Antofagasta atendeu a recurso firmado por ambientalistas e populações atingidas diretamente pelo empreendimento. Em última instância a jstiça chilena levou em conta mais as questões de ordem de proteção ambiental e social do que os possíveis lucros que a central terméletrica de Casilla traria.

Esta é uma prova cabal de quando Eike Batista opera em territórios extra-nacionais a proteção que goza no Brasil cessa, e ai o licenciamento tipo "Fast Food" acaba cedendo lugar para outras lógicas.

Como o Chile é logo ali e a Bolívia também (outro país sul americano que se insurgiu contra as práticas poluidoras do Grupo EBX, é conveniente lembrar), é de se lamentar que no Brasil, e em especial no estado do Rio de Janeiro, Eike Batista esteja sendo incensando pela mídia, e turbinado com recursos públicos, para perseguir suas metas egotísticas de se tornar o homem mais rico do mundo, sem se importar com a destruição sócio-ambiental que acompanha os seus projetos que nada têm de desenvolvimento.

Justiça chilena paralisa a construção de termelétrica de Eike Batista


A Corte de Apelações da província do Antofagasta (norte do Chile) suspendeu por questões legais a autorização ambiental que aprovava a construção da central termelétrica de Castilla, a maior da América do Sul e de propriedade do empresário brasileiro Eike Batista.

O tribunal chileno aceitou um recurso de proteção apresentado por moradores e pescadores de Totoral, a área da futura central, e considerou "ilegal" a classificação ambiental que permitiu a construção, que em várias ocasiões mudou a qualificação de "poluente" para "incômoda".

Segundo a Corte, "por não ter ajustado aos parâmetros estabelecidos pela lei, a classificação "incômoda" é ilegal e atenta contra o direito de viver em um meio ambiente livre de contaminação dos recorrentes".

Os coordenadores do projeto precisam decidir agora se apelarão da sentença na Corte Suprema, que poderia revogar a decisão.

A central de Castilla, 80 km ao sul de Copiapó, a capital regional, demandará um investimento de US$ 4,4 bilhões de Eike Batista. O objetivo é gerar 2.100 MW a base de carvão, mais 254 MW em usinas adjuntas com o uso de diesel.

Segundo grupos ambientalistas, a termelétrica ameaça a extraordinária biodiversidade de Punta Cachos, que abriga colônias de tartarugas marinhas, populações de pinguins e lobos-marinhos, entre outros.

Para Alex Muñoz, diretor da ONG Oceana, a decisão "dá uma oportunidade como país para evitar o erro que significa construir hoje a maior termelétrica a carvão da América do Sul".

"Nosso futuro energético deve estar nas energias renováveis não convencionais, especialmente na região norte do país, onde as energias solar e eólica são abundantes", completou.