domingo, 1 de setembro de 2013

Façam suas apostas: quando Sérgio Cabral vai renunciar?


Desde que parte da população do Rio de Janeiro resolveu ir em números significativos às ruas protestar contra o (des) governo de Sérgio Cabral, começamos a ouvir que ele está pensando "em nome do fortalecimento da candidatura de Luiz Fernando Pezão" em renunciar ao Palácio da Guanabara. 

Os primeiros ensaios falaram em abril do próximo ano, depois que seria em janeiro, e hoje (01/09) apareceu a informação de que  o (des) governador Sérgio Cabral anda ventilando a possibilidade de se retirar para uma das suas mansões em Mangaratiba mesmo antes do próximo Natal.

Esse vexame inédito é fruto, por um lado, do exercício do poder de forma extremamente arrogante, e de outro, pelos excessos cometidos nos gastos com as obras da Copa do Mundo. Sò para citar o caso do Estádio do Maracanã, o custo vai beirar R$ 2 bilhões. Enquanto isto, nas filas dos hospitais públicos estaduais, o que se vê são servidores pessimamente pagos tentando superar a completa falta de condições para o funcionamento das unidades de saúde que atendem o grosso da população fluminense.

Foi esse descompasso que acendeu e manteve acesa a chama da indignação. Como Cabral não consegue sequer fingir que é um democrata, o que temos assistido é o uso da força desproporcional contra manifestantes pacíficos cujo resultado tem sido o aumento do número de manifestantes feridos, presos e mutilados.

Nem a tentativa desesperada dos deputados Paulo Melo e Domingos Brazão de aprovar a toque de caixa uma lei que proíbe os manifestantes de cobrirem seus rostos para dificultar a ação dos serviços de espionagem policial vai impedir que o processo de corrosão política de Cabral continue. Aliás, a lei que deveria ser cumprida é de que obriga policias a estarem com suas tarjetas de identificação e sem tocas Ninja durante o processo de contenção dos excessos cometidos por um pequeno número de manifestantes.

De toda forma, uma coisa é certa: Pezão vai herdar um problemão se Cabral sair mesmo (afinal com esse (des) governador nem ameaça de renúncia pode merecer crédito). Afinal, falta-lhe o carisma para tirar do chão os índices de aprovação do (des) governo em que participa de forma tão decisiva, especialmente na área das obras.

Finalmente, chega a ser patética a tentativa de parte da imprensa corporativa fluminense de tentar resgatar a imagem de Cabral. A verdade nua e crua é que nem com mais campanhas publicitárias bilionárias, Cabral vai limpar a sua barra. Tarde demais!