O debate que foi organizado pelo Centro Acadêmico
Darcy Ribeiro do curso de Ciências Sociais que contou com a minha presença e a
do Prof. Gustavo Xavier, prefeito do
campus da UENF, trouxe uma série de informações interessantes sobre a situação
da obra do restaurante universitário e da estimativa de conclusão e início de
funcionamento.
Segundo o que informou o prefeito do campus a obra deverá
custar um total de R$ 3,3 milhões aos cofres públicos, e tem uma previsão de
conclusão para o mês de setembro de 2013. Além disso, já estão encaminhadas licitações
para aquisição de mobiliário, câmaras frias, mesas, cadeiras e outros
utensílios domésticos. O Prof. Xavier estima que no cenário ideal, o início de
funcionamento deverá ser até o final de 2013, mas pode ser que isto fique para
o início de 2014.
Por outro lado, baseados numa pesquisa realizada em
2011, a estimativa de refeições diárias seria de um total de 1.500. Este número
geral certa controvérsia pelo número de potenciais usuários que foi utilizado
nesta estimativa, que aparenta ser insuficiente em face da demanda potencial
que existe na UENF para uso do bandejão.
Também foi questionada a questão da oferta do café da
manhã, bem como dos preços que serão cobrados. Nestes itens, o Prof. Xavier
indicou que existe uma comissão presidida pelo Pró-Reitor de Extensão, Prof.
Paulo Nagipe, que estaria encarregada de definir o modelo de gerenciamento do bandejão
(provavelmente privado), bem como na definição dos preços a serem cobrados. Nesse quesito, o Prof. Xavier informou que a
posição existente é de que esses preços devem ser compatíveis com que é
praticado em outras universidades.
Entretanto, a situação do preço da refeição pode se
complicar caso não previsão de subsídio no orçamento da UENF de 2013, o que
poderá elevar o custo das refeições para níveis acima do que é praticado em
outras universidades.
Outro detalhe que foi levantado se referiu à questão
do cardápio e da transparência que deverá existir em relação à qualidade das
refeições que serão servidas no bandejão, especialmente se a administração
ficar a cargo de uma empresa contratada por licitação como parece ser o modelo
preferido pela reitoria.
De toda forma, como saldo deste debate, o Centro Acadêmico
de Ciências Sociais ficou de procurar o DCE e outros CAs e DAs para organizar
uma nova consulta sobre quem pretende usar o bandejão, bem como as demandas
sobre preço e qualidade das refeições.
Como adiantei no debate, acredito que só os estudantes
organizados poderão garantir que o bandejão possa funcionar dentro de um modelo
que efetivamente alcance o objetivo fundamental de oferecer comida de qualidade
e a preços viáveis para a maioria dos estudantes.