Em uma reunião marcada pelo uso amplo do rolo compressor, a reitoria da UENF conseguiu quebrar a regra pétrea de que todo docente da universidade deva ter título de doutorado e trabalhar em regime de Dedicação Exclusiva.
Alguns pontos interessantes da reunião:
1. A reitoria negou voz à ADUENF, impedindo assim que o Prof. Luis Passoni, presidente do sindicato dos docentes, pudesse desmentir a reitoria acerca do suposto acordo teria fechado com a reitoria e o (des) governo do Rio de Janeiro para precarizar o regime de trabalho.
2. A reitoria reconheceu publicamente que não há um processo administrativo tratando da quebra do regime de Dedicação Exclusiva, existindo apenas a minuta "mutante" que foi discutida sem que os presentes tivessem recebido cópias da versão mais atualizada da mesma. Com base no argumento de inexistência de processo, o reitor Silvério Freitas negou o pedido de vistas que foi feito por conselheiros do Centro de Ciências do Homem.
3. No momento da votação, a reitoria obteve os exatos 31 votos que precisava para quebrar a D.E., contando com isso com votos de chefes de laboratórios que haviam se reunido e decidido contra a minuta da reitoria.
Diante do quadro estabelecido por essa decisão chegará a ser cômico assistir às celebrações que a reitoria está preparando para celebrar os 20 anos da UENF. Os mais correto seria que realizasse um missa póstuma.
Entretanto é fundamental que haja o início de um processo de resistência ativo contra essa decisão absurda que quebra a espinha dorsal do modelo de Darcy Ribeiro e coloca a UENF sob o risco de uma apropriação de cunho patrimonialista pelos grupos que se uniram para quebrar a D.E. no dia de hoje.
Abaixo imagens do momento da votação com os conselheiros que aprovaram a quebra da D.E.