Júlio Bueno, o (des) secretário estadual de Desenvolvimento, depois de ficar sumido dos noticiários nos últimos meses, enquanto a crise consumia o Império "X", acaba de reaparecer para tentar continuar vendendo ilusões em relação ao "Superporto do Açu". Segundo Bueno, apesar de sua tristeza com o destino inglório de Eike, ele, que se diz "triste" com a situação de Eike, ainda continua acreditando numa "virada" do agora tripudiado e empobrecido fundador do Grupo EBX.
O que Bueno deveria fazer, e não faz, é explicar como é que se dá a tal sociedade entre o (des) governo Cabral e Eike Batista que ele menciona existir nessa mesma matéria. Se Bueno pudesse explicar os estranhos processos de desapropriação em curso no V Distrito de São João da Barra, isto já seria um excelente um excelente começo. Mas é claro que ele não vai fazer isso!
Agora notem que nessa reportagem, Júlio Bueno faz uma ginástica mirabolante para justificar o envolvimento do (des) governo de Sérgio Cabral com Eike Batista, citando a atração de um montadora chinesa que vai ser instalar em Seropédica ou Itatiaia. Quem é que acreditar que fabricando caminhões na região sul do Rio de Janeiro, os chineses vão querer ter alguma coisa a ver com o "Superporto do Açu"? Como se sabe, os chineses não são nada bobos. E dependendo da localização, essa exportação vai se dar até pelo Porto de Santos, mas dificilmente será no Açu.
'Superporto do Açu vai dar certo', afirma secretário do RJ
Ele diz que empresas têm interesse em se instalar na área do porto de Eike. Montadora chinesa anuncia fábrica com investimento de R$ 250 milhões.
Lilian Quaino, Do G1, no Rio
Julio Bueno e Orlando Merluzzi, (Foto: Lilian Quaino/G1)
O secretário de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro, Julio Bueno, disse nesta segunda-feira (8) que o porto do Açu, em São João da Barra. O empreendimento é construído pela LLX, empresa do grupo EBX, do empresário Eike Batista, "vai dar certo".
"Estamos tristes, não vou ser hipócrita. Somos sócios das empresas do Rio, mas tem margem de manobra para ter uma virada", disse em relação aos revezes que vem sofrendo o empresário Eike Batista. Para Bueno, o projeto dará certo, mesmo que os prazos não sejam cumpridos.
"Já tem três ou quatro empresas empresas se implantado na área, num investimento de US$ 1 bilhão. E tem o minerioduto Minas-Rio, sendo que a parte do Rio já está pronto", disse.
A presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial (Codin), Conceição Ribeiro, confirmou que tem recebido pedidos de empresas apra se instalarem na área do superporto.
"A Codin tem participação na disponibilização da área e no licenciamento. O porto tem 23 metros de calado, qualquer lugar do mundo gostaria de ter um porto deste. Continuo recebendo empresas interessadas em se instalar lá por causa da logistica do local", disse.
A montadora chinesa de caminhões Foton Motors Group anunciou nesta segunda investimentos de R$ 250 milhões para instalar sua primeira planta no Brasil. A fábrica ficará no Rio de Janeiro e começara a produzir no final de 2014. Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, a fábrica tem capacidade para produzir 20 mil caminhões por ano, gerando 450 empregos diretos.
"O primeiro caminhão deverá ficar pronto no final de 2015, con conteúdo local inicial e 15%, chegando à meta e 60% em dois anos e meio", disse o vice-presidente de Operações Corporativas da Foton, Orlando Merluzzi, ressaltando que os caminhões da Foton são de alto nível tecnológico.
'São uma commodity'
A expectativa do projeto é chegar a 50 mil caminhões produzidos por ano no Rio até 2018. O local onde a fábrica será instalada poderá ser Seropédica ou Itatiaia, segundo o secretário, dependendo da melhor adequação logística.
O secretário ressalta que o projeto abre as portas para os investimentos chineses no país e no Estado do Rio. "Os investimentos chineses estão ávidos por sair da China", disse, explicando