sexta-feira, 21 de junho de 2013

Folha da Manhã informa: Adiada audiência do caso Cícero Guedes


A audiência de instrução e julgamento da morte do coordenador do Movimento Sem Terra (MST), Cícero Guedes, que aconteceria na tarde de ontem, no Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos, foi adiada para dia 23 de julho, às 13h30. Segundo informações da advogada do MST, Fernanda Vieira, três réus - dois que estão soltos e um que se encontra preso aguardando julgamento -, não apresentaram defensor, por esse motivo ocorreu o adiamento.

Testemunhas de acusação e defesa não foram ouvidas pelo juiz da primeira Vara Criminal por falta de defensores para três dos quatro suspeitos. Diversos integrantes do movimento estiveram presentes no Fórum com faixas e cartazes cobrando a punição dos assassinos do representante do movimento.

Fernanda acrescenta, ainda, que será importante que a audiência ocorra na data prevista, caso contrário, o advogado do único suspeito preso poderá entrar com um pedido de habeas corpus. 

- Aumenta a preocupação das famílias do movimento com outros suspeitos soltos. O juiz esperou que algum defensor se dispusesse, mas devido o processo ser longo, nenhum se manifestou - ressalta a advogada.

De acordo com o coordena-dor do MST, Hermes Oliveira, o movimento espera por justiça diante da violência ocorrida. “A justiça está agindo e nós estamos juntos cobrando a punição dos culpados”, disse.

A ex-vereadora Odisséia Carvalho também compareceu ao Fórum Municipal e disse que é lamentável audiência ter sido adiada e foi muito ruim para o movimento. “Estamos reunindo toda a classe para o dia 23 estarmos presentes solicitando julgamento, pois quem está testemunhando é perigoso”, afirma.

Cícero Guedes, 47 anos, foi encontrado morto dia 26 de janeiro, numa estrada vicinal, próximo à Usina Cambaíba. Ele foi assassinado com vários tiros, que atingiram a cabeça e as regiões lombar e dorsal. O crime contra o líder do MST teve repercussão nacional e internacional. Autoridades como o deputado estadual e presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Alerj, Marcelo Freixo (PSOL), estiveram presentes no velório, em Campos.