quinta-feira, 4 de julho de 2013

Cabral sugere protestos no Palácio Guanabara

Se dizendo incomodado com os manifestantes que acamparam durante dias na rua onde mora, no bairro do Leblon, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, defendeu que manifestações contra o governo devem ser feitas pacificamente, mas em frente à sede do governo, o Palácio Guanabara, em Laranjeiras; ele disse que tem estado em casa desde quando o acampamento de manifestantes foi instalado, e reclamou: "Lamento, porque tenho filhos pequenos, grandes, família, que ficam preocupados"

 Isabela Vieira, Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O governador Sérgio Cabral disse hoje (4) que se sentiu incomodado com os manifestantes que acamparam durante dias na rua onde mora, no bairro do Leblon, área nobre da cidade. O grupo foi retirado do local na madrugada de terça-feira (3) pela Polícia Militar. Mais uma manifestação está prevista para esta noite em frente ao prédio onde redide o governador.
Para ele, manifestações devem ser sempre respeitadas. "Deve haver tolerância e respeito, mas isso não tem nada a ver com acampamento na rua – nem na [Avenida] Delfim Moreira, nem na Aristides Espíndola, nem na Irineu Marinho, nem na Rua Riachuelo, nem na Avenida Copacabana ou na Avenida Brasil. Em lugar nenhum, pode-se tolerar o impedimento do direito de ir e vir."
O governador disse que tem ficado em casa nas duas últimas semanas, desde quando o acampamento foi instalado, e reclamou dos transtornos. "Eu lamento, porque tenho filhos pequenos, grandes, família, que ficam preocupados." Cabral reforçou que manifestações contra o governo devem se feitas pacificamente, em frente à sede do governo, o Palácio Guanabara, em Laranjeiras.
Ele aproveitou  para lembrar que a democracia é recente no país e que as manifestações fazem parte dela. "Todas essas manifestações fazem parte de uma reflexão para o aperfeiçoamento da democracia. Graças a Deus, ninguém marchou com Deus e a família, querendo o golpe", disse Cabral, referindo-se a uma série de atos promovidos em março de 1964 por setores conservadores da sociedade contra reformas anunciadas pelo então presidente João Goulart. O movimento culminou com a instalação do regime militar no país.
Edição: Nádia Franco