Funcionários da Uenf trabalham sob redes de Furnas com risco de descargas elétricas e câncer
Por Esdras
A edição dessa semana da revista Somos Assim traz uma reportagem surpreendente. Atendendo a denúncias de que Funcionários da Uenf, que trabalham no Núcleo de Pesquisa em Zootecnia e Produção Vegetal, da Uenf, na Escola Estadual Agrícola Antônio Sarlo, estavam sendo submetidos à condições de trabalho que descumprem as normas protetivas de higiene, saúde, segurança e meio ambiente do trabalho para proteção da saúde, integridade física e a vida dos trabalhadores, a equipe da revista constatou e fotografou que, logo a Uenf, que deveria ser um exemplo para todos, está descumprindo normas de proteção à saúde do trabalhador.
Os funcionários da Uenf, no núcleo instalado na área do colégio Agrícola Antônio Sarlo, atuam na execução de experimentos para melhoria de alimentos, como maracujá, milho, laranja e goiaba, e alertam que estão sendo obrigados a trabalhar sob condições de alta periculosidade por conta de a localização dos plantios para os experimentos da Uenf ser exatamente embaixo de redes de transmissão de alta voltagem elétrica de Furnas. O que contraria frontalmente as normas de segurança estabelecidas pela Eletrobras, que indica a preservação de uma margem de 12 metros além da faixa coberta pela rede. O que visivelmente não está sendo obedecido nas áreas de experimentos da universidade.
Uenf sabe do problema desde 2010
Por Esdras
A edição dessa semana da revista Somos Assim traz uma reportagem surpreendente. Atendendo a denúncias de que Funcionários da Uenf, que trabalham no Núcleo de Pesquisa em Zootecnia e Produção Vegetal, da Uenf, na Escola Estadual Agrícola Antônio Sarlo, estavam sendo submetidos à condições de trabalho que descumprem as normas protetivas de higiene, saúde, segurança e meio ambiente do trabalho para proteção da saúde, integridade física e a vida dos trabalhadores, a equipe da revista constatou e fotografou que, logo a Uenf, que deveria ser um exemplo para todos, está descumprindo normas de proteção à saúde do trabalhador.
Os funcionários da Uenf, no núcleo instalado na área do colégio Agrícola Antônio Sarlo, atuam na execução de experimentos para melhoria de alimentos, como maracujá, milho, laranja e goiaba, e alertam que estão sendo obrigados a trabalhar sob condições de alta periculosidade por conta de a localização dos plantios para os experimentos da Uenf ser exatamente embaixo de redes de transmissão de alta voltagem elétrica de Furnas. O que contraria frontalmente as normas de segurança estabelecidas pela Eletrobras, que indica a preservação de uma margem de 12 metros além da faixa coberta pela rede. O que visivelmente não está sendo obedecido nas áreas de experimentos da universidade.
Uenf sabe do problema desde 2010
Segundo o ofício de nº 083/2010, datado de 03 de maio de 2010, enviado pelo, então, prefeito do Campus da Uenf, professor Paulo Maia, ao professor Hérman Maldonado Vasquez, na época, diretor do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (CCTA), foram registradas várias ocorrências relativas a descargas elétricas sofridas por trabalhadores de campo que desenvolvem atividades no Colégio Agrícola.
Solicitação de segurança da Eletrobras não foi atendida
Em resposta à consulta do presidente do Sintuperj, na época, Pedro Luiz Fernandes Brasil, a Eletrobras esclareceu no ofício nº 085/2010 que o projeto de suas linhas de transmissão se baseia em recomendações internacionais, entre elas a preservação de uma área livre de 12 metros de cada lado da faixa por onde passa a linha de transmissão e solicita “a remoção da ‘Casa de Vegetação’ localizada na ‘Área B’ da faixa de servidão da linha de Furnas, onde não é permito esse tipo de construção”.
A solicitação da Eletrobras não foi atendida pela Uenf e, até hoje, a ‘Casa de Vegetação’ continua abaixo das linhas de transmissão e os trabalhadores atuando em suas instalações, como pode ser visto nas fotos.
Trabalhadores reclamam
Ao todo a Uenf conta com cerca de 40 funcionários trabalhando diretamente no campo. Segundo o funcionário da Uenf Heli Sena, eles sabem de casos de alguns colegas que, por conta da proximidade com a rede, sofreram com choques. “A gente não sabe o termo científico, mas há possibilidade de choques e, segundo tivemos informações, também pode causar câncer. E a gente fica aí, a mercê. Um colega trabalhando lá em cima mexeu com os canos metálicos de irrigação e sentiu a descarga. Teve que soltar os canos porque não conseguiu ficar segurando”, relatou um dos operários.
Os operários que estão se sentindo prejudicados com a passagem das torres disseram que fizeram reclamações com os responsáveis dos departamentos do Laboratório de Melhoramento Genético Vegetal (LMGV) e do Laboratório de Fitotecnia (LFIT), da Uenf, segundo eles, o professor Alexandre e o professor Fábio; mas, ainda segundo os trabalhadores, a orientação passada foi de que por falta de espaço para colocar os experimentos era para continuar o trabalho.
Solicitação de segurança da Eletrobras não foi atendida
Em resposta à consulta do presidente do Sintuperj, na época, Pedro Luiz Fernandes Brasil, a Eletrobras esclareceu no ofício nº 085/2010 que o projeto de suas linhas de transmissão se baseia em recomendações internacionais, entre elas a preservação de uma área livre de 12 metros de cada lado da faixa por onde passa a linha de transmissão e solicita “a remoção da ‘Casa de Vegetação’ localizada na ‘Área B’ da faixa de servidão da linha de Furnas, onde não é permito esse tipo de construção”.
A solicitação da Eletrobras não foi atendida pela Uenf e, até hoje, a ‘Casa de Vegetação’ continua abaixo das linhas de transmissão e os trabalhadores atuando em suas instalações, como pode ser visto nas fotos.
Trabalhadores reclamam
Ao todo a Uenf conta com cerca de 40 funcionários trabalhando diretamente no campo. Segundo o funcionário da Uenf Heli Sena, eles sabem de casos de alguns colegas que, por conta da proximidade com a rede, sofreram com choques. “A gente não sabe o termo científico, mas há possibilidade de choques e, segundo tivemos informações, também pode causar câncer. E a gente fica aí, a mercê. Um colega trabalhando lá em cima mexeu com os canos metálicos de irrigação e sentiu a descarga. Teve que soltar os canos porque não conseguiu ficar segurando”, relatou um dos operários.
Os operários que estão se sentindo prejudicados com a passagem das torres disseram que fizeram reclamações com os responsáveis dos departamentos do Laboratório de Melhoramento Genético Vegetal (LMGV) e do Laboratório de Fitotecnia (LFIT), da Uenf, segundo eles, o professor Alexandre e o professor Fábio; mas, ainda segundo os trabalhadores, a orientação passada foi de que por falta de espaço para colocar os experimentos era para continuar o trabalho.