Daniel Bramatti, de O Estado de S.Paulo
Depois de aplicar reiteradas multas a madeireiras de Nova Ipixuna
– cidade do sudeste do Pará em cuja zona rural foram
assassinados os extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e sua mulher,
Maria do Espírito Santo –, o Ibama tomou uma atitude drástica:
determinou o fechamento definitivo de 12 empresas ao apreender
todas as máquinas e desmontar suas instalações.
A operação de desmonte – planejada desde o final maio, mas adiada
por problemas de infraestrutura e de segurança – começou nesta
quinta-feira e foi acompanhada por homens do Exército, da
Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Federal, além da
Polícia Ambiental do Pará e da Polícia Rodoviária Federal.
por problemas de infraestrutura e de segurança – começou nesta
quinta-feira e foi acompanhada por homens do Exército, da
Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Federal, além da
Polícia Ambiental do Pará e da Polícia Rodoviária Federal.
José Cláudio e a mulher haviam denunciado a participação de serrarias
de Nova Ipixuna na retirada ilegal de madeira do assentamento extrativista
em que viviam. As denúncias levaram fiscais do Ibama a multar e
embargar empresas da cidade.
de Nova Ipixuna na retirada ilegal de madeira do assentamento extrativista
em que viviam. As denúncias levaram fiscais do Ibama a multar e
embargar empresas da cidade.
Após o assassinato do casal, a fiscalização foi intensificada
– agentes foram deslocados de outras áreas, onde o ritmo do
desmatamento é maior, e se concentraram na região de Nova Ipixuna.
“É preciso dar uma demonstração de que crimes como esses não ficarão
sem resposta”, disse ao Estado, na época, o coordenador da operação
do Ibama, Marco Vidal.
– agentes foram deslocados de outras áreas, onde o ritmo do
desmatamento é maior, e se concentraram na região de Nova Ipixuna.
“É preciso dar uma demonstração de que crimes como esses não ficarão
sem resposta”, disse ao Estado, na época, o coordenador da operação
do Ibama, Marco Vidal.
Desde o final de maio, os fiscais aplicaram R$ 3,3 milhões em multas e
apreenderam 770 metros cúbicos de madeira em tora e 630 do produto
serrado. Além disso, máquinas e caminhões foram recolhidos e colocados
sob a guarda de órgãos públicos da região. Também foram destruídos
dezenas de fornos clandestinos para a produção de carvão.
apreenderam 770 metros cúbicos de madeira em tora e 630 do produto
serrado. Além disso, máquinas e caminhões foram recolhidos e colocados
sob a guarda de órgãos públicos da região. Também foram destruídos
dezenas de fornos clandestinos para a produção de carvão.
No início de junho, moradores de Nova Ipixuna bloquearam a estrada
que passa pela cidade em protesto contra a fiscalização – as madeireiras
são umas das poucas empregadoras na região, juntamente com as fábricas
de tijolos.
que passa pela cidade em protesto contra a fiscalização – as madeireiras
são umas das poucas empregadoras na região, juntamente com as fábricas
de tijolos.
Mas era uma atividade cujo combustível era o desmatamento das poucas
áreas ainda preservadas no sudeste do Pará. Entre 2006 e 2010, as empresas
de Nova Ipixuna foram alvo de nada menos que 122 autos de infração, que
somaram R$ 5,1 milhões em multas por venda e depósito de madeira
ilegal, falta de licença ambiental e até corte e comercialização de castanheiras,
espécie protegida por lei.
áreas ainda preservadas no sudeste do Pará. Entre 2006 e 2010, as empresas
de Nova Ipixuna foram alvo de nada menos que 122 autos de infração, que
somaram R$ 5,1 milhões em multas por venda e depósito de madeira
ilegal, falta de licença ambiental e até corte e comercialização de castanheiras,
espécie protegida por lei.
O assassinato de José Cláudio e Maria, ocorrido há mais de um mês, não foi
esclarecido, apesar das operações especiais de investigação da Polícia
Federal e da Polícia Civil paraense. A operação do Ibama prossegue
na região, por tempo indeterminado.
esclarecido, apesar das operações especiais de investigação da Polícia
Federal e da Polícia Civil paraense. A operação do Ibama prossegue
na região, por tempo indeterminado.
As empresas desativadas são: Madeireira Bom Futuro, MP Torres e
Cia Ltda, Madeireira Belmonte, Tedesco Madeira, Madeireira Eunápolis,
Serraria Tico Tico, Sandra Coelho Santos Madeireira Ltda,
Paulo Mendes Souza e Cia Ltda, Manoel Acácio Carneiro ME,
PH Laminados e Compensados Ltda, Gilmar Rodrigues Silva ME e NS Filofo.
Cia Ltda, Madeireira Belmonte, Tedesco Madeira, Madeireira Eunápolis,
Serraria Tico Tico, Sandra Coelho Santos Madeireira Ltda,
Paulo Mendes Souza e Cia Ltda, Manoel Acácio Carneiro ME,
PH Laminados e Compensados Ltda, Gilmar Rodrigues Silva ME e NS Filofo.