segunda-feira, 20 de junho de 2011

Milhares protestam em frente ao Parlamento espanhol, no centro de Madrid


Calcula-se que na capital, Madri, o número de manifestantes tenha chegado a 35 mil, enquanto em Barcelona até 50 mil tenham caminhado no centro da cidade, segundo estimativas da polícia.

Quase dois anos de recessão deixaram a Espanha com um índice de desemprego de 21,3% ""o mais alto entre os 17 países da zona do euro"" e fortemente endividada. Os protestos começaram em 15 de maio e encontraram eco entre espanhóis cansados das reduções salariais e dos aumentos de impostos necessários para resolver a crise financeira que, segundo eles, foi criada pelos bancos e por grandes empresas.


O manifestante
Antonio Cortes, 58, disse que os trabalhadores espanhóis arcam com o maior peso da crise financeira: "Esses cortes todos não deveriam ser voltados à classe trabalhadora."

Para enfrentar a pressão, o governo, socialista, vem reduzindo os gastos públicos, congelando pensões e elevando a idade mínima da aposentadoria.


Também vem tomando medidas para que empresas privadas possam demitir funcionários de maneira mais fácil e mais barata.


A Espanha mergulhou em recessão em 2008, depois do estouro de uma bolha imobiliária. Com isso, os gastos de consumidores, movidos pelo crédito, foram interrompidos.


Até agora, o país não precisou nem buscou um resgate internacional, como fizeram Grécia, Irlanda e Portugal, que também são membros da zona do euro.


Mesmo assim, seus problemas econômicos estão assustando outras capitais europeias, em função das dimensões e da importância da economia espanhola. 

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=44513