FILIPE COUTINHO, DE BRASÍLIA
Alvo de duras críticas de entidades, a atuação da Polícia Militar do Distrito Federal nos protestos do Sete de Setembro foi elogiada pela cúpula do governo, incluindo o governador Agnelo Queiroz (PT).
Com o título "agradecimentos", uma nota publicada no site da PM-DF elogia o "forte esquema de segurança". "O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, o secretário de segurança pública, Sando Avelar, e o comando da Polícia Militar parabenizam a todos os policiais militares que trabalharam direta e indiretamente no policiamento na área central de Brasília em função das comemorações do Dia da Independência", diz a nota.
De acordo com a nota, "o forte de esquema de segurança garantiu que o desfile militar, o jogo entre Brasil e Austrália e o Celebrar Brasília ocorressem sem problemas". "O coronel Jooziel ressalta que o empenho de todos os policiais militares foi de suma importância para o sucesso dos eventos. O comandante-geral agradece ainda ao governador Agnelo Queiroz, ao secretário de segurança e aos diversos órgãos do GDF que colaboraram decisivamente para o êxito da missão da PMDF".
Já para a OAB-DF (Ordem dos Advogados do Brasil), contudo, a atuação da Polícia Militar não merece elogios, mas investigação.
Relatório da entidade aponta que a Polícia Militar do Distrito Federal foi "truculenta" e "excessiva" nos protestos do Sete de Setembro, com a atuação de policiais sem identificação, tratamento "humilhante" e até espancamento de detido.
A OAB-DF acompanhou in loco as manifestações e cobra do governo do DF punição aos policiais. A entidade, pede, ainda a colaboração de manifestantes que se sentiram agredidos, a fim de montar um dossiê sobre o caso.
O relatório é assinado pela vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Indira Quaresma. No documento, a entidade argumenta que, apesar dos relatos de violência por parte dos manifestantes, não poderia a Polícia Militar, que é treinada para esse tipo de situação, cometer "truculência".
"Todo vandalismo deve ser impedido. Mas tenho por princípio que a medida da força que a polícia deve usar em situações de vandalismo é tão somente aquela suficiente para cessar a agressão, seja a agressão à coisa alheia, seja a agressão ao próprio policial. O policial não pode nunca ser o agente da violência. Não pode nunca trocar de posição com o agressor.
Não pode se valer da sua superioridade bélica, do seu treinamento, da sua força física para humilhar o cidadão, esteja ele se manifestando pacificamente ou não", diz o documento.
Além da OAB-DF, o Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal divulgou nota nesta segunda-feira cobrando do governo do DF uma investigação sobre a "repreensão" ao trabalho da imprensa por policiais militares durante os protestos do feriado de 7 de setembro.
Um vídeo divulgado neste domingo na internet mostra um capitão do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal atingindo intencionalmente manifestantes com spray de pimenta, sem temer qualquer tipo de investigação da corregedoria da polícia. O manifestante que faz as imagens pergunta no vídeo por que o capitão havia jogado o gás. "Porque eu quis. Pode ir lá e denunciar, tá bom? Capitão Bruno, BP Choque", respondeu o policial.
Alvo de duras críticas de entidades, a atuação da Polícia Militar do Distrito Federal nos protestos do Sete de Setembro foi elogiada pela cúpula do governo, incluindo o governador Agnelo Queiroz (PT).
Com o título "agradecimentos", uma nota publicada no site da PM-DF elogia o "forte esquema de segurança". "O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, o secretário de segurança pública, Sando Avelar, e o comando da Polícia Militar parabenizam a todos os policiais militares que trabalharam direta e indiretamente no policiamento na área central de Brasília em função das comemorações do Dia da Independência", diz a nota.
De acordo com a nota, "o forte de esquema de segurança garantiu que o desfile militar, o jogo entre Brasil e Austrália e o Celebrar Brasília ocorressem sem problemas". "O coronel Jooziel ressalta que o empenho de todos os policiais militares foi de suma importância para o sucesso dos eventos. O comandante-geral agradece ainda ao governador Agnelo Queiroz, ao secretário de segurança e aos diversos órgãos do GDF que colaboraram decisivamente para o êxito da missão da PMDF".
Já para a OAB-DF (Ordem dos Advogados do Brasil), contudo, a atuação da Polícia Militar não merece elogios, mas investigação.
Relatório da entidade aponta que a Polícia Militar do Distrito Federal foi "truculenta" e "excessiva" nos protestos do Sete de Setembro, com a atuação de policiais sem identificação, tratamento "humilhante" e até espancamento de detido.
A OAB-DF acompanhou in loco as manifestações e cobra do governo do DF punição aos policiais. A entidade, pede, ainda a colaboração de manifestantes que se sentiram agredidos, a fim de montar um dossiê sobre o caso.
O relatório é assinado pela vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Indira Quaresma. No documento, a entidade argumenta que, apesar dos relatos de violência por parte dos manifestantes, não poderia a Polícia Militar, que é treinada para esse tipo de situação, cometer "truculência".
"Todo vandalismo deve ser impedido. Mas tenho por princípio que a medida da força que a polícia deve usar em situações de vandalismo é tão somente aquela suficiente para cessar a agressão, seja a agressão à coisa alheia, seja a agressão ao próprio policial. O policial não pode nunca ser o agente da violência. Não pode nunca trocar de posição com o agressor.
Não pode se valer da sua superioridade bélica, do seu treinamento, da sua força física para humilhar o cidadão, esteja ele se manifestando pacificamente ou não", diz o documento.
Além da OAB-DF, o Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal divulgou nota nesta segunda-feira cobrando do governo do DF uma investigação sobre a "repreensão" ao trabalho da imprensa por policiais militares durante os protestos do feriado de 7 de setembro.
Um vídeo divulgado neste domingo na internet mostra um capitão do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal atingindo intencionalmente manifestantes com spray de pimenta, sem temer qualquer tipo de investigação da corregedoria da polícia. O manifestante que faz as imagens pergunta no vídeo por que o capitão havia jogado o gás. "Porque eu quis. Pode ir lá e denunciar, tá bom? Capitão Bruno, BP Choque", respondeu o policial.
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/09/1339460-governador-parabeniza-acao-da-pm-que-foi-classificada-como-truculenta-pela-oab-df.shtml