Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) recolhe diariamente registros de milhões de clientes da operadora telefônica Verizon (Mike Blake/Reuters)
Gleen Greenwald, do The Guardian, um dos jornalistas que revelou os programas de espionagem eletrônica, denunciou a intenção de "intimidar os jornalistas e suas fontes", em entrevista neste domingo ao canal ABC.
"Cada vez que um jornal menciona algo que o governo esconde, que os dirigentes políticos não querem que as pessoas saibam, fazem o mesmo: atacam os meios de comunicação", disse Greenwald. "Cada vez que alguém revela ações ruins do governo, a tática consiste em demonizá-lo e apresentá-lo como traidor", disse o jornalista.
Muito severo na luta contra o vazamento de informação confidencial, o governo de Barack Obama enfrentou muitas críticas em maio, depois da divulgação das atividades sem precedentes de rastreamento dos registros telefônicos da agência de notícias americana AP.
Um veterano da CIA, John Kiriakou, foi condenado em janeiro a dois anos e meio de prisão por ter revelado o nome de um agente secreto envolvido em interrogatórios sensíveis de supostos membros da Al-Qaeda.
Na segunda-feira passada, teve início o julgamento, em um tribunal militar, do soldado Bradley Manning, que pode ser condenado à prisão perpétua por ter repassado milhares de documentos secretos ao site WikiLeaks.
(Com agência AFP)