sábado, 22 de setembro de 2012

5 lições de Thor Batista sobre como não gastar dinheiro

InfoMoney


SÃO PAULO - Nomeado nesta semana para o cargo de diretor da EBX Brasil, Thor Batista não é nenhum exemplo de como administrar bem o próprio dinheiro. Filho do homem mais rico do Brasil, o rapaz despreza os estudos e já declarou que nunca leu um livro inteiro. Ele não esconde que adora brinquedos de luxo e já atropelou e matou um ciclista ao volante de sua Mercedes. Quando quer se divertir ou consumir, gasta dinheiro como se fosse infinito.

O InfoMoney conversou com dois educadores financeiros, Laerte de Oliveira (Nota 10 Consultoria) e o professor Elisson de Andrade, que listaram algumas atitudes do rapaz que não deveriam ser imitadas por ninguém que quer construir um patrimônio pessoal sólido:

1. Desprezar os estudos: Thor Batista já afirmou jamais ter lido um livro completo, terminou o ensino médio por meio de supletivo e trancou o curso universitário de administração no Ibmec ainda no primeiro ano por considerá-lo pesado demais. Mas além de ser um rito imposto pela sociedade, o estudo é uma das formas mais seguras de progredir profissional e financeiramente. “O que não podemos esquecer é que o estudo é a busca do conhecimento com base nas experiências de outras pessoas, fazendo com que tenhamos um crescimento intelectual e a ampliação de horizontes na busca de novos objetivos”, explica Oliveira.

2. Realizar gastos exorbitantes: Nos últimos anos, Thor Batista tem dado seguidas mostras de não ter noção do valor do dinheiro. Em entrevista a VEJA RIO concedida no ano passado, o jovem chegou a se gabar por “só” gastar no máximo R$ 6 mil por balada enquanto alguns de seus conhecidos torrariam R$ 60 mil em uma única noitada. Extremamente vaidoso, Thor também costuma comprar roupas de grife no exterior ou adquirir peças da Armani em um shopping do Rio. Em cada visita à loja, o rapaz gasta entre R$ 12 mil e R$ 15 mil.

Segundo educadores financeiros, ele ainda não aprendeu que é sempre importante buscar tirar o máximo proveito do dinheiro, não importa a quantidade de recursos que hoje esteja disponível na conta bancário. O dinheiro também pode ser usado para o bem dos outros. Somente dessa maneira será possível garantir um futuro promissor e ser admirado pela sociedade.

3. Consumir desenfreadamente: Quando quer pegar uma balada em São Paulo, Thor costuma usar um dos jatinhos do pai. Já para chegar a Angra dos Reis, geralmente costuma usar um helicóptero. O rapaz ainda é dono de um Aston Martin de R$ 1,3 milhão. Não há mal nenhum em nascer rico e em ter dinheiro. Mas, para Elisson de Andrade, gastos extravagantes são mais comuns entre pessoas que não precisaram trabalhar para ganhar dinheiro nem sabem como pode ser difícil acumular patrimônio. Começar a trabalhar na empresa do pai como trainee ou mesmo em algum cargo apenas gerencial poderia ajudar a ensinar ao rapaz o valor do dinheiro.

4. Agir como se estivesse acima da lei: No começo deste ano, o filho de Eike Batista atropelou e matou um ciclista em uma rodovia do Rio de Janeiro. Segundo o laudo pericial, o jovem dirigia a Mercedes-Benz SLR a 135 km/h em um trecho com velocidade máxima permitida de 110 km/h. O rapaz responde a processo por homicídio culposo em liberdade. Mas já que tem um padrão de vida dos sonhos de milhões de brasileiros, Thor não deveria correr o risco de colocar tudo a perder.

5. Tratar dinheiro como algo infinito: mesmo a pessoa mais rica do mundo deve entender que o dinheiro um dia acaba. As empresas de Eike Batista já chegaram a valer o dobro das atuais cotações em bolsa. Não que a herança de Thor esteja em jogo. Mas verdadeiros homens de negócios precisam entender que a economia é cíclica. Os preços de commodities como petróleo e minério de ferro têm variado muito nas últimas décadas e continuarão oscilando – o que sempre terá impactos em companhias como a MMX e a OGX. Não é porque sua empresa ou sua carreira estão deslanchando que não é preciso ser prudente e reservar um pouco dinheiro para tempos de vacas magras. Quem quer formar um patrimônio financeiro que garanta tranquilidade deve sempre gastar menos do que ganha, ensina Andrade.