TRADUZINDO AS DEMANDAS DO AGRONEGÓCIO: ELES QUEREM MAIS BENESSES DA VÍUVA!
Abaixo uma matéria em que o presidente da Bunge Brasil mistura um muxoxo e uma pressão aberta sobre o dócil governo de Dilma Rousseff. Depois de tantas benesses e isenções, a leitura que se faz é que os novos donos do álcool e do açúcar no Brasil, as multinacionais, querem ainda mais isenções fiscais e investimentos diretos do governo federal. Do contrário, a ameaça velada é de que não vão investir o quanto deveriam para elevar a produção de álcool (rebatizado para o politicamente correto "etanol").
O mais incrível é que esse governo já entregou bilhões para bancos e corporações estrangeiras, e nem assim as corporações multinacionais parecem estar satisfeitas.
Enquanto os investimentos em saúde, educação e habitação (isto sem falar nos salários dos servidores públicos) continuam na mais profunda anemia.
Como deve ser duro ser CEO de multinacional no Brasil!
Sem incentivo a etanol, investimentos estão travados
CEO da Bunge criticou a forte tributação que acaba afastando possíveis investidorespor
Agência Estado
Setor sucroalcooleiro tem investimentos represados de R$ 100 bilhões na produção de açúcar e etanol
O presidente e CEO da Bunge Brasil, Pedro Parente, disse que as empresas do setor sucroalcooleiro têm investimentos represados de R$ 100 bilhões na produção de etanol e açúcar. Segundo ele, esses investimentos serão feitos quando houver solução para os problemas que o setor enfrenta hoje, principalmente em relação à perda de competitividade do etanol frente à gasolina e aos encargos tributários incidentes sobre o setor.
Parente disse também que, resolvidas essas questões, esses investimentos devem ser feitos por um período de cinco anos. O executivo disse que já esperava o discurso do ministro Guido Mantega, feito no Fórum Exame, evento realizado nesta sexta-feira (14/9) em São Paulo, de que a gasolina não terá seu preço alterado no curto prazo. "O ministro não iria dizer publicamente que os preços da gasolina precisam ser elevados, mas o setor sucroalcooleiro sabe que o governo tem ciência dos problemas do setor e disposição para solucioná-los". A questão, segundo Parente, é a percepção de urgência do governo para resolver esses pontos, que é diferente da do setor produtivo.
Parente lembrou que 95% dos componentes industriais usados pelo setor sucroalcooleiro são de fabricação nacional e que novos investimentos trariam um impulso significativo para o setor de máquinas e equipamentos. O executivo também criticou, durante sua participação em debate no fórum, a forte tributação e o ambiente complexo para que projetos tramitem junto aos órgãos oficiais, o que acaba tornando o dia-a-dia do empresário um "inferno" e afastando possíveis investidores.
FONTE: http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI318889-18531,00-SEM%20INCENTIVO%20A%20ETANOL%20INVESTIMENTOS%20ESTAO%20TRAVADOS.html