Prioridades revelam governo Dilma
“Mudam as prioridades do Incra”, diz reportagem de Tarso Veloso publicada pelo Valor, em 19/09. Segundo o texto, “o Incra planeja se concentrar na melhoria da qualidade de vida dos assentados por meio do aumento da renda proveniente da produção rural”. Ou seja, a Reforma Agrária vai continuar parada. Na verdade, as prioridades não mudaram. Apenas foram explicitadas. Desde o governo Lula que os interesses do agronegócio vêm muito antes que os compromissos com as lutas do MST, por exemplo.
Por falar em prioridades, em 13/09, a revista Época anunciou: “Mantega anuncia desoneração da folha de pagamento de 25 setores”. Trata-se de isenção parcial da contribuição de 20% ao INSS. O ministro com nome e consistência de laticínio disse que nos outros países estão reduzindo salários e direitos. Aqui, não. Mas a contribuição à previdência é salário indireto e financia direitos como aposentadoria e pensões. Baixá-la também é reduzir salários e direitos.
Enquanto isso, e ainda em relação a prioridades, em 18/09, a Folha de São Paulo noticiou “Dilma veta desoneração de produtos da cesta básica incluída em MP”. Boletim da Auditoria Cidadã da Dívida diz que a medida aliviaria a grande carga de impostos sobre o consumo da maioria da população. Atualmente, ela pesa 53% sobre o orçamento dos mais pobres. Já os mais ricos, desembolsam apenas 29%.
Lembremos também a redução do IPI para os automóveis, que infestam as grandes e médias cidades brasileiras.
Os defensores de Dilma nos movimentos sociais podem falar o que quiserem. As ações de seu governo continuam a desmenti-los.