NA GREVE DAS FEDERAIS, O PROIFES DO PT E DO PC DO B MOSTRA TODA A SUA CARA NEOPELEGA

Na minha terra eu cresci com a noção de que um pelego era um peça que ficava por cima do bacheiro e abaixo da sela do cavalo. Depois de entrar na universidade, aprendi que pelego era algo também mal cheiroso e indicava alguém que traia sua categoria para atender os interesses do patrão e/ou do Estado.

Pois bem, depois de anos sem pensar nessa figura de linguagem, eis que a atual greve das universidades federais me trouxe a validade do termo através da figura do chamado PROIFES que é um ajuntamento de figuras ligadas ao PT e ao PC do B.  

Sendo um pseudo-sindicato, pois efetivamente não o é, o PROIFES reúne um pequeno número de associações de docentes, muitas das quais sob grave aparelhamento partidário, mas seus dirigentes não têm se feito de rogados e negociado contra a vontade da imensa maioria dos professores em nome deles. 

O lamentável é que esses neopelegos são apenas uma correia de transmissão das políticas privatistas do PT e de seu partido satélite, o PC do B.  E ai é que mora a questão central: o abandono da direção do PT do pouco que ainda havia de compromisso com os trabalhadores.  Ao aplicar o torniquete sobre os professores e servidores das universidades federais no mesmo momento em que abre as torneiras para as grandes empreiteiras, Dilma Rousseff acaba de rasgar a fantasia.

O consolo é que isto tudo gera experiência prática com o neoPT e seu neopeleguismo. Não vai demorar a hora em que PT, PC do B e o seu PROIFES serão conhecidos pelo que realmente são: instrumentos partidários à serviço do capital. Quem sabe nesta hora, possamos avançar na construção de organizações partidárias que estejam à altura das tarefas históricas que o Brasil e o mundo enfrentam neste momento. 

O fato de que mais de  que 50 universdidades federais, começando pela maior delas que é a UFRJ, continuam em greve apesar da triação do PROIFES e das pressões do governo do PT sinaliza que estamos caminhando na direção certa.