quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

DEIXADOS À CLEMÊNCIA DAS INTEMPÉRIES... SE É PARA SER ASSIM, PARA QUE HÁ GOVERNO?

As chuvas de verão estão novamente causando devastação na região norte fluminense, desde Laje do Muriaé até Campos, passando de forma sinistra por Santo Antonio de Pádua. Esta situação é tão previsível quanto as chuvas, e nenhum governante (seja no nível estadual ou no municipal) deveria ter que ficar aparecendo mal vestido com coletes da Defesa Civil. Para evitar isto seria apenas necessário que as polpudas verbas destinadas à prevenção de enchentes e proteção de encostas fossem utilizadas, pasmem, na prevenção de enchentes e na contenção de encostas.

Mas por que o dinheiro não é investido e as mesmas cenas de destruição das poucas posses dos mais pobres se repetem a cada verão? Primeiro porque não há qualquer senso de responsabilidade dos governantes na hora de aplicar um dinheiro que é público, pois prevalecem os interesses partidários e os laços de compadrio. Segundo porque a desgraça dos pobres é sempre usada para sugar mais recursos do governo federal que, por sua, vez é tomado pelos mesmos vícios dos demais níveis de governo. Basta ver a situação bizarra em que está metido o Ministro Fernando Bezerra que alocou praticamente toda a verba federal para as prevenção de enchentes para o seu estado natal, Pernambuco, que, convenhamos, não tem assim tanta enchente.

E os pobres? A esses é destinada a parte mais dura da realidade. Basta ver a localidade de Três Vendas que mais uma vez sofre com o rompimento do dique de proteção que impediria a invasão das águas que extravasam do Rio Muriaé. Os moradores de Três Vendas são o exemplo acabado do que o descaso e a falta de políticas de planejamento podem causar a uma população pobre. 

E não adianta agora a Prefeita Rosinha Garotinho ou o (des)Governador Sérgio Cabral aparecerem nas regiões atingidas para fingirem preocupação. Se preocupação houvesse, a situação não estaria se repetindo. Simples assim.