domingo, 8 de janeiro de 2012

Chuvas em Minas Gerais e na Região Noroeste Fluminense voltam a inundar Itaperuna

Julio Cezar Oliveira, direto de Itaperuna

As fortes chuvas que caíram ontem na cabeceira do Rio Muriaé em Minas Gerais e também no município de Itaperuna voltaram a deixar em alerta a Defesa Civil na Região Norte Fluminense.  As águas que vinham baixando nos dois últimos dias voltaram a subir depois de quatro horas de intensa chuva na em toda a região. Segundo a Defesa Civil, o volume de chuva que caiu nas ultimas horas foi de aproximadamente 120 mm.

O Rio Muriaé voltou a encher e inundar diversos bairros e distritos de Itaperuna. A população que já estava realizando o processo de limpeza das moradias e começava a voltar para suas casas, foi pega de surpresa pelo grande volume de chuvas e teve que voltar para os abrigos da Defesa Civil, e esperar novamente as águas baixarem.

O problema das chuvas na região, e da consequente cheia do Rio Muriaé, vem se tornando algo corriqueiro na vida da população do município, chegando a fazer parte do calendário das famílias moradoras das áreas ribeirinhas. Assim, praticamente todos os anos, durante o período das chuvas, estas famílias acabam sendo obrigadas a abandonar suas residências e seus pertences devido ao extravasamento do Rio Muriaé.

A ausência de uma política que vise amenizar os efeitos das chuvas sobre a população mais pobre expõe um descompromisso do poder público, em todos os seus níveis, em estabelecer de maneira efetiva o controle sobre a forma de ocupação do solo urbano e uma política de assistência social para a transferência das famílias mais vulneráveis aos efeitos das chuvas para locais de moradia mais seguros.

Outro ponto importante que se verificar é também dificuldade que os órgãos governamentais têm em criar mecanismos que combatam o uso predatório dos recursos naturais e da destruição o que poderá ser agravado com a aprovação do novo código florestal que permite a criação de faixas de matas ciliares cada vez menores. Sem contar ainda com os fortes indícios de malversação das verbas públicas que se destinariam a prevenção de enchentes em todo o estado.https://mail.google.com/mail/images/cleardot.gif