segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Missa de sétimo dia de Cícero Guedes se transforma em ato pela vida e pela reforma agrária


Em meio a uma pequena multidão formada por assentados, lideranças do MST, representantes do governo federal e da igreja católica de Campos ocorreu a missa de sétimo dia de Cícero Guedes que foi assassinado covardemente saindo de uma reunião no acampamento Luiz Maranhão que está formada dentro das terras da antiga usina de Cambahyba.

Falando em nome do bispo Roberto Francisco Ferreria Paz, o padre Murialdo se dirigiu aos presentes refletindo sobre a importância religioso daquele evento. Já sindicalistas, professores universitários e lideranças de outros assentamentos e acampamentos refletiram sobre a importância de Cícero Guedes como uma importante liderança não apenas na luta pela reforma agrária, mas também na disseminação de um modelo produção ambiental e socialmente sustentável.

A representante da direção regional do MST, Marina dos Santos deu a tônica política do evento ao cobrar a completa apuração e punição dos eventuais mandantes e executores do assassinato de Cícero. Marina também cobrou não só a imediata promulgação do ato de desapropriação dos 3.500 hectares que formam o complexo de terras da antiga usina Cambahyba. Além disso, a representante do MST demandou que o futuro assentamento seja criado de forma a ser um assentamento modelo dentro dos moldes sustentáveis pelos quais Cícero Guedes tantou lutou durante seus 47 anos de vida.

A família de Cícero Guedes acompanhou toda a missa claramente emocionada tantas foram as demonstrações de respeito e afeto que foram vocalizados por todos que falaram na missa. A julgar pela disposição mostrada pelos filhos de Cícero que estavam presentes, o compromisso com a manutenção de suas estratégias de produção agroecológica é uma das coisas que os conforta neste momento de tamanha perda.