quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A UENF E SUAS PECULIARIDADES: APARELHOS DE AR CONDICIONADO ESTÃO ESTOCADOS EM CORREDOR HÁ UM ANO, ENQUANTO SALAS DE AULA NÃO POSSUEM SEQUER VENTILADOR

O final de 2010 na UENF foi marcado pela aquisição de quantidades generosas de TVs LCD e aparelhos de ar condicionado. No caso das TVs, a Revista Somos mostrou que os preços pagos pela UENF estavam bem acima daqueles praticados pelas principais lojas do ramo. Mas se as TVs chamaram atenção, os aparelhos de ar condicionado não, o que parece ter contribuído para que muitos não chegassem ao destino alegado para justificar sua compra.

Para quem não se lembra, a explicação apresentada pelo então reitor da UENF e atual presidente da Fundação Estadual do Norte Fluminense, Almy Junior, é de que a compra destes equipamentos serviria para finalmente melhorar as caóticas salas de aula, especialmente as frequentadas pelo alunos de graduação, para uma situação mais condizente com o lugar ocupado pela universidade em rankings acadêmicos.

Pois bem, passados exatamente 12 meses desde que chegaram à UENF, muitos aparelhos de ar condicionado continuam estocados, o que, inclusive, é proibido pela Lei 8.666 que regula a realização de licitações no setor público. Mas no caso dos aparelhos mostrados abaixo, a situação é mais ainda mais grave, pois os mesmos estão depositados no corredor do segundo andar do Prédio E-1, onde está localizada a Reitoria da UENF.

E as salas de aula? Bem, muitas delas sequer possuem ventiladores, o que deverá tornar proibitivo a realização das aulas que estão previstas para os meses de janeiro e fevereiro, quando as temperaturas beiram os 40 graus Celsius no lado externo dos prédios onde há brisa.

A explicação dada pela Reitoria é de que será preciso ampliar a rede elétrica da UENF para que todos os aparelhos estocados sejam instalados. A pergunta que não quer calar, e que deveria incomodar os doutores promotores do Ministério Público Estadual e os técnicos do Tribunal de Contas do Estado, é de como se decidiu gastar R$ 1.257.305,04 na construção de calçadas e passagens de nível sem resolver o problema da rede elétrica para se evitar a necessidade de estocar equipamentos em corredores por mais de um ano.