OS ROTOS E OS ESFARRAPADOS NA POLÍTICA CAMPISTA: QUANDO TODOS OS GATOS SÃO PARDOS
A troca de acusações sobre as práticas políticas não-republicanas que inunda a blogosfera campista é um belo exemplo de energia mal dirigida. De parte a parte abundam acusações de corrupção e práticas ilicitas. Mas fundamentalmente tudo fica nisso. Mas o pior é ter que aturar discursos incendiários e emocionados apontando as culpas e desvios do outro lado, enquanto um levantamento mínimo das práticas aponta que o que predomina é um verdadeiro festival do roto contra o esfarrapado.
Por essas e outras é que eu renovo minha avaliação de que em 2012 poderemos assistir à permanência do grupo político do ex-governador Garotinho à frente da Prefeitura de Campos dos Goytacazes. Não é que não esteja se vendo uma série de situações cabeludas ocorrendo ou que algumas ruas da cidade não pareçam coisa de área urbana dos grotões da Amazônia. O problema é que a maioria dos críticos da prefeita Rosinha Garotinho, vide o caso do deputado estadual Roberto Henriques, têm como paladino maior o governador Sérgio Cabral.
Ai é que vem o imponderável, pois ninguém parece ver nada de errado na gestão de Sérgio Cabral e todos parecem ver o demônio encarnado em Anthony Garotinho.
Diante disto é que fica óbvia a contradição de discursos, o que induz ao povo a acreditar que todos os gatos são pardos, e que será melhor continuar com os gatos conhecidos.
E repito, depois não culpem o povo pelo resultado das eleições. O povo pode ser pobre, mas não é burro.