sábado, 21 de maio de 2011


PESQUISA ENCONTRA PROVAS DE CONTAMINAÇÃO HUMANA POR CONSUMO DE ALIMENTOS CONTAMINADOS POR PLANTAS GENETICAMENTE MODIFICADAS



Os chamados organismos geneticamente modificados tem sido apresentados pelas corporações de sementes como uma poderosa arma contra a fome no mundo. Aqueles que se opõem à incorporação destes tipo de organismo na agricultura têm sido difamados e tratados como profetas do passado. Agora uma pesquisa feita na Universidade de Sherbrooke, que se localiza em Québec no Canadá traz as primeiras evidências científicas de que o consumo de produtos de animais que foram alimentados com milho geneticamente modificados introduziu agrotóxicos no sangue de mães e de seus filhos ainda no útero.

Com certeza essa é apenas a primeira evidência deste tipo de conexão. Como no Brasil a CNTBIO está aprovando a comercialização de dezenas de sementes geneticamente modificadas, inclusive de milho, não seria de se estranhar que mães e bebês brasileiros já estivessem sendo contaminados.

Este cenário reforça a necessidade de que se exija ainda mais a rotulagem de produtos que tenham sido geneticamente modificados, o que apesar de ter legislação específica, ainda é pouco realizado pela indústria da alimentação.

Abaixo segue tradução livre do artigo  publicado no jornal inglês "The Telegraph" que pode ser acessado através do link http://www.telegraph.co.uk/health/healthnews/8525165/Toxic-pesticides-from-GM-food-crops-found-in-unborn-babies.html



AGROTÓXICOS USADOS EM PLANTAS GENETICAMENTE MODIFICADAS SÃO ENCONTRADOS EM FETOS HUMANOS



Pesquisadores do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Centro Hospitalar da Universidade de Sherbrooke que se localiza na província canadense de Quebec encontraram traços de uma toxina em 93% das gestantes estudos e em 80% dos cordões umbilicais dos seus filhos recém-nascidos.  Os resultados da pesquisa sugerem que estas substâncias químicas entraram no corpo das mães através de alimentos contaminados como carnes, leite e ovos de animais que haviam sido alimentados com uma qualidade de milho geneticamente modificada.

Estas descobertas parecem contradizer o argumento das empresas produtoras de organismos geneticamente modificados (OGMs) que quaisquer produtos químicos que fossem adicionados às culturas contendo sementes manipuladas por este tipo de tecnologia passariam de maneira segura pelo corpo humano.

Até o momento a maior parte da pesquisa usada para demonstrar a segurança das lavouras contendo plantas geneticamente modificadas foi usada pelas empresas produtoras deste tipo de organismo.

Antes da conclusão desta pesquisa não havia sido provado a ocorrência de qualquer tipo de efeito colateral sobre seres humanos em função do consumo de plantas geneticamente modificadas, mas havia especulação de que isto poderia causar alergias, abortos, anormalidades orgânicas e até câncer.

Um dos pesquisadores envolvidos na pesquisa declarou ao Jornal de Toxicologia Reprodutiva que “esta é o primeiro estudo que demonstra a presença de agrotóxicos associados a plantas geneticamente modificadas em sangue de mulheres grávidas ou não e em fetos, Pete Riley, diretor do Grupo GM Freeze, que se opõe ao uso de plantas geneticamente modificadas considerou os resultados desta pesquisa como muito significativos.  

Já. O Conselho de Agricultura Biotecnológica, que defende as plantas geneticamente modificadas, questionou a reprodutibilidade e validade da pesquisa. O Dr. Julian Little, chairman do Conselho de Agricultura Biotecnológica, disse que “culturas biotecnológicas são rigorosamente testadas em termos de sua segurança antes de serem usadas, e trilhões de refeições feitas com ingredientes geneticamente modificadas foram consumidas de forma segura em todo o mundo nos últimos quinze anos sem que houvesse qualquer tipo de problema saúde substancial.