Ontem quando me dirigia à região da Pelinca fui ultrapassado por duas viaturas novinhas e bem fortificadas do 36o. Batalhão que fica sediado em Santo Antonio de Pádua e não entendi nada, já que em Campos quem atua é o 8o. Batalhão.
Agora a matéria abaixo publicado no sítio eletrônico do Jornal Folha da Manhã começa a explicar o mistério. É que fruto de uma denúncia sem nenhum tipo de informação, o governo Sérgio Cabral deslocou uma força tarefa para proteger os acessos ao Complexo do Açú, do mega-empresário Eike Batista, por tempo indeterminado!
A pergunta que todos os cidadãos das cidades de onde esses contingentes foram retirados para proteger o mega-empreendimento do Sr. Eike Batista é sobre quem vai protegê-los das ameaças reais e concretas que existem por lá e se manifestam diariamente de forma clara e sem anonimatos.
Mas esse espetáculo inútil de força parece ser um recado às centenas de famílias assentadas nos assentamentos Oziel Alves e Zumbi dos Palmares sobre quem hoje ronda a ameaça da expropriação de seus terras para aumentar ainda os lucros do ex-marido de Luma de Oliveira.
Por isto é fundamental que a reação a esta tentativa de esbulho seja acelerada, pois não é aceitável que se pretenda arrancar tantas famílias de onde produzem e trabalham apenas para aumentar os lucros do Grupo EBX.
Polícia Militar reforça segurança nos acessos ao Porto do Açu
Apesar das expectativas, o clima nas estradas que dão acesso ao Porto do Açu, é de tranqüilidade. Desde domingo á tarde, quando a polícia, através de denuncia anônima, teve informações de que ônibus com manifestantes sairiam do Rio de Janeiro com destino ao complexo Portuário do Açu, os acessos a localidade, desde o pedágio próximo a Serrinha na BR 101, receberam reforço policial.Cerca de 50 policiais militares de cidades do Norte e Noroeste Fluminense, como Pádua e Macaé, além de 25 homens do Rio de Janeiro, que estão aquartelados na sede do 8º Batalhão, estão envolvidos no trabalho que conta ainda com viaturas policiais, entre elas 10 Ducatos vindas do Rio de Janeiro. De acordo com o comando da Polícia em Campos, o reforço na segurança dos principais acessos ao porto vai continuar por tempo indeterminado.
— Recebemos uma informação, que não precisava hora, data nem o acesso que seria utilizado, de que ônibus com manifestantes sairiam do Rio de Janeiro para realizar um protesto no complexo Portuário do Açu. Por isso, com o apoio das guarnições de cidades vizinhas, reforçamos a segurança nas estradas principais e acessos intermediários, para evitar a movimentação. Algumas viaturas estão estacionadas em pontos estratégicos das vias e outras fazendo o patrulhamento móvel, dia e noite por tempo indeterminado— disse o comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar, Cel. Gilmar Barros Reis.
