A liderança da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) anunciou ontem que enviará helicópteros Apache para realizar operações militares contra as tropas das forças armadas da Líbia. Este desenvolvimento não é insignificante, visto que representa um reconhecimento de que a tática de bombardear o território líbio da segurança que as altas altitudes oferecem não tem sido suficiente para assegurar a vitória dos chamados "rebeldes".
Se por um lado este movimento deverá aumentar o grau de letalidade a que as tropas oficialistas estarão expostas, por outro, há a chance de que tenhamos mais baixas entre as tropas da OTAN e um aprofundamento ainda maior da guerra. É que até agora ninguém da OTAN apareceu para explicar porque as tropas leais a Kaddafi ainda não entregaram as armas e se renderam. Tampouco a OTAN vem explicando aonde os rebeldes líbios conseguiram tantas armas em tão pouco tempo.
No meio desta confusão toda quem sofre é a população líbia que certamente não tem nada a ganhar, seja com a permanência da ditadura de Kaddafi ou com a formação de um governo fantoche a serviço dos interesses dos países ricos que controlam a OTAN.
Aliás, aonde anda o secretário-geral da ONU nos últimos meses? Depois de apoiar e justificar a guerra, o simpático secretário-geral deve ter ido tirar umas férias no Caribe ou em algum outro local ensolarado.