PARA ESCONDER A EVASÃO FISCAL DOS SUPER-RICOS, O JORNAL "O GLOBO" ATACA OS SALÁRIOS (CORRÓIDOS DIGA-SE DE PASSAGEM) DOS SERVIDORES FEDERAIS
A capa do Jornal O GLOBO desta segunda-feira é um primor do anti-jornalismo praticado pela família Marinho. Para minimizar a notícia de que os super-ricos brasileiros detêm o equivalente a um terço do Produto Interno Bruto (PIB), o que vem a ser a soma de todas as riquezas produzidas pelo Brasil em um ano, em contas em paraísos fiscais, livres de tributação, o que o O GLOBO faz? Ataca o fato de que os servidores federais tiveram reposições salariais que representaram o dobro da inflação ao longo dos mandatos de Lula e Dima Rousseff.
O que a capa do O GLOBO não fala é que, apesar desta "generosa" reposição de salários, os servidores federais continuam com profundas perdas salariais não resolvidas, após os dois mandatos de FHC que praticamente dilacerou a máquina do Estado brasileiro, deixando-nos com uma pesada herança de desgovernabilidade, a qual infelizmente o PT não resolveu.
Mas o curioso é que apesar de tentar desviar a atenção do assunto principal, O GLOBO está sendo obrigado a dar a notícia que realmente deverá colocar o governo Dilma na parede, especialmente no que se refere à situação salarial dos servidores das universidades e institutos federais de ensino. É que em ano eleitoral, por mais que se despreza a sua base política original, nenhum partido pode deixar tamanha aberração passar impune. Afinal, se deixam os super-ricos mandarem suas fortunas para paraísos fiscais, por que punir professores com cortes de salários por exerceram o direito de greve?