Paulo Maluf beijando a mão que o alimenta.
A notícia abaixo é uma prova de que o governo Dilma Rousseff e o PT rasgaram de vez a fantasia de que governam em prol de um modelo desenvolvimento socialmente justo. A verdade é que enquanto Dilma Rousseff manda endurecer com os grevistas da educação universitária, ela anda despejando bilhões de reais até na produção de armas de guerra. Se isto não é sinistro o suficiente, o governo Dilma anda flertando até com a dublê de senadora e latifundiária Katia Abreu (DEM/TO) dando a ela a recepção com cinco ministros (inclusive o da Reforma Agrária), enquanto coloca uma ministra de segundo escalão para tratar com os servidores e docentes das universidades e institutos federais de ensino.
Mas o que esperar de um governo cujo principal aliado em São Paulo é o fugitivo internacional Paulo Maluf? Aliás, como devem se sentir pessoas que como eu um dia se arriscaram para legalizar o PT, e ver hoje a sua burocracia abraçada com Maluf e Kátia Abreu? Eu pessoalmente me sinto envergonhado, não por mim, mas por aqueles que cotidianamente traem a memória de pessoas como Florestan Fernandes, Chico Mendes, Celso Furtado, Paulo Freire, e tantos outros que ajudaram a construir o PT.
Mas uma coisa é certa, Dilma poide ainda ver esse tiro sair pela culatra.
Dilma tira Planalto do foco das negociações de greve dos servidores
por Gerson Camarotti
Ao centralizar na ministra do Planejamento, Miriam Belchior, as negociações sobre a greve dos servidores públicos federais de todas as categorias, a estratégia da presidente Dilma Rousseff foi desviar do Palácio do Planalto o foco dessa agenda negativa. Alguns sindicalistas tentaram estabelecer uma conexão direta com dois ministros palacianos: Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência). Mas Dilma vetou qualquer negociação paralela.
A ordem da presidente Dilma é de endurecer com os grevistas. A expectativa no núcleo palaciano é de que o movimento comece a perder fôlego com o corte do ponto dos servidores. Ao mesmo tempo, o governo decidiu enfrentar o debate com os grevistas. A estratégia é de tentar vencer esse debate junto à opinião pública, com o discurso de responsabilidade fiscal num momento de grave crise financeira internacional.
Além da proposta oferecida aos professores universitários na semana passada, os militares também devem receber um aumento. Nas palavras de um interlocutor da presidente Dilma, “um general não pode receber R$ 12 mil.” Para o próximo ano, também está em análise um aumento para os servidores de nível médio. Isso porque esses servidores estão com a maior defasagem salarial.