Agora acabo de entender o factóide lançado por Lauro Jardim sobre uma possível (ou seria impossível) negativa do TCU em embargar as obras do Porto do Açu. Acabo de ver no sítio da Revista Exame Aqui! que as ações da OG (X) despencaram mais 8% só nesta segunda-feira.
Pior ainda é a notícia de que os analistas do Deutsche Bank aconselharam a seus clientes a se livrarem dos papéis da OG (X).
Do jeito que vai, aquela previsão postada há algumas semanas no Twitter que as ações da OG (X) iam terminar sendo comercializadas no site de compras coletivas "Peixe Urbano" vai acabar se confirmando.
OGX despenca mais 8% e mais um analista desiste das ações
Deutsche Bank sugere a venda dos papéis e vê baixa de mais 25%
São Paulo – As ações da OGX (OGXP3) vivem mais um dia bastante negativo na bolsa brasileira. Além da confiança prejudicada dos investidores nesta segunda-feira por conta das perspectivas incertas para a economia chinesa, os acionistas se depararam com a desistência de mais um importante banco que realiza a análise dos papéis da empresa de petróleo do empresário Eike Batista.
Os analistas Marcus Sequeira e Luiz Fonseca, do Deutsche Bank, cortaram a recomendação às ações de manutenção para venda. Além disso, o preço-alvo foi cortado de 6 reais para 4 reais. O novo valor indica uma desvalorização adicional de 25% quando comparado com o menor preço atingido pela ação nesta sessão. Os papéis chegaram a cair 8%, negociados a 5,36 reais.
“Com a visibilidade limitada, acreditamos que o risco de uma queda maior não deve ser descartado”, explicam eles em um relatório.
Problemas no campo
O pesadelo da OGX começou no último dia 26 de junho, quando a empresa informou que a vazão no Campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, havia sido calculada em 5 mil barris de óleo por dia, abaixo da estimativa da própria empresa, que ficava entre 15 mil e 20 mil barris por dia. Com o resultado dos pregões seguintes, o papel terminou como a maior queda do primeiro semestre, perdendo 56,62% no período.
A petroleira se defendeu e disse que o mercado estaria errado em sua avaliação porque teria extrapolado a estimativa de vazão de Tubarão Azul para os demais poços. “O equívoco dessa extrapolação reside no fato de que (...) a vazão divulgada não considera o fraturamento químico hidráulico e a injeção de água no reservatório, técnicas largamente utilizadas na indústria do petróleo para aumentar a produtividade e que a companhia pretende utilizar no campo de Tubarão Azul”, disse a empresa.
Segundo a OGX, antes de aplicar essas técnicas não há como precisar o volume de produção por poço em reservatórios do tipo. Além disso, afirma a nota, a empresa já está iniciando o desenvolvimento do campo de Tubarão Martelo e os dados do seu reservatório, obtidos até o momento, sinalizam para produtividades superiores a vazão informada, mesmo sem o emprego das técnicas referidas.
Visão do Deutsche Bank
Os analistas do banco recorreram a consultores e geólogos para entender os blocos da empresa na bacia de Campos. Segundo eles, a conclusão é de que existe a possibilidade de que a OGX continue a enfrentar dificuldades na região. “A OGX ainda precisa provar que é ‘uma produtora de baixo custo’ como a alta direção afirmou em uma teleconferência recente”, ressaltam.