quarta-feira, 4 de julho de 2012

O INCÊNDIO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO COMO SÍMBOLO MAIOR DO SUCATEAMENTO DO SERVIÇO PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO

Enquanto servidores públicos estaduais percorriam as principais vias de acesso ao Palácio Guanabara para protestar contra os ataques sendo desferidos pelo (des) governo de Sérgio Cabral contra seus direitos, uma prova cabal de que o sucateamento da máquina pública avança a passos largos aparecia sob a forma de chamas que consumiram o almoxarifado e alguns andares do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Aliás, a situação de incêndios continuados nas estruturas da UERJ é, por si só, uma demonstração de como diferentes governos vem destratando umas principais instituições públicas de ensino superior do Brasil. O pior é que Sérgio Cabral chegou a ter gravado um depoimento público de que mudaria os rumos impostos à UERJ por seus antecessores, apenas para fazer ainda pior do que Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho haviam feito em seus respectivos mandatos.

Agora chega a ser estarrecedor saber pelos jornais que o HUPE não passa por uma vistoria do Corpo de Bombeiros há mais de 10 anos e que sequer existe uma briga própria de bombeiros como, aliás, determina a lei. Asim,  ter apenas uma vítima fatal neste incêndio é quase milagre. 

O pior é que na última 3a. feira (03/07) a Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão havia imposto um destrato indigno aos servidores em greve da UERJ que haviam obtido a marcação de uma audiência com o secretário estadual Sérgio Ruy Pereira que simplesmente não compareceu. Além disso, os representantes da SEPLAG simplesmente disseram para os representantes sindicais da UERJ que se entendessem diretamente com o reitor Ricardo Vieralves. 

O incêndio de hoje no HUPE não apenas escancara o sucateamento, mas como serve como um tapa de luvas que realidade impõe ao verdadeiro desgoverno que está instalado no Palácio Guanabara.