NO RIO DE JANEIRO SÃO AS RAPOSAS POLUIDORAS QUE ESTÃO EDUCANDO OS JOVENS SOBRE QUESTÕES SÓCIO-AMBIENTAIS
O Rio de Janeiro se tornou um ente federativo muito peculiar quando o assuntos são as questões de natureza sócio-ambiental. Apesar de muitos não saberem foi o Rio de Janeiro desgovernado por Sérgio Cabral que forneceu ao resto do Brasil, sob os auspícios do ex-ambientalista Carlos Minc, o famigerado licenciamento ambiental "Fast Food" que possibilitou a erupção de um processo acelerado de destruição de áreas ecologicamente sensíveis que eram ocupadas por populações tradicionais.
Mas agora uma outra faceta é o fato de que são as corporações poluidoras como a Thyssen-Krupp e o Grupo EBX que estão sendo colocadas para ensinar educação ambiental nas escolas públicas. Um exemplo disto é mostrado na matéria abaixo publicada na edição deste sábado de Carnaval pelo Jornal Folha de Manhã sob o auspicioso título de "Programa Socioambiental já muda a rotina de jovens em SJB". Mas quando se pensa que é alguma organização ambientalista que está realizando o tal programa, a matéria mostra que são duas empresas do Grupo EBX que estão "socioeducando" os jovens de São João da Barra.
Afora o curioso fato de que o tal programa é feito em parceria com a Prefeitura Municipal de São João da Barra e com a quase desconhecida Agência Nacional de Desenvolvimento Econômico-Social e Defesa Ambiental, é interessante notar que no suposto conteúdo programático a que os alunos são submetidos não há qualquer referência às profundas alterações sócio-ambientais que estão sendo causadas pela instalação do Complexo Portuário-Industrial do Açu.
Mas vá lá, por que iria a raposa reconhecer os seus malfeitos para os jovens de São João da Barra? Afinal de contas, a raposa é um animal bastante esperto, e não ia ficar anunciando o que faz.