terça-feira, 31 de julho de 2012

Quanto a Copa e as Olimpíadas custam ao Brasil?

Por Carlos Tautz
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Ninguém quer revelar o verdadeiro custo da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 para o Brasil. Não há autoridade que dê transparência aos gastos do governo brasileiro nesses megaeventos, que nos foram vendidos como sendo financiados por recursos privados.

Um exemplo dessa falta de espírito republicano é a atuação do BNDES.

Formalmente, o Banco seria o terceiro maior investidor direto nas obras que se justificam na Copa de 2014.

Segundo o TCU, ele emprestaria R$ 5 bilhões (20,8%) dos R$ 23,4 bi previstos para o evento e estaria atrás da Caixa Econômica (com 28,43%, ou R$ 6,65 bi) e da Infraero (com 22%, ou R$ 5,15 bilhões). Sob encargo do BNDES estariam os apoios às obras dos estádios em 12 cidades-sede dos jogos e à Transcarioca, orçada em R$ 1,9 bi, onde o BNDES pôs R$ 1,2 bi.

Mas esses valores não mostram participação do Banco na expansão dos portos (R$ 741 mi), nos preparativos dos governos estaduais (R$ 4 bilhões) e municipais (R$ 1,55 bilhões), o apoio ao setor privado (R$ 336 milhões), além de vários outros aportes ao turismo.

O Banco financia a privatização dos três maiores aeroportos do Brasil (Guarulhos, Viracopos e Brasília), onde serão investidos quase R$ 13,2 bilhões ao longo dos 30 anos de concessão.

Algumas obras são emblemas negativos do desleixo com que o Banco trata o dinheiro público. Uma delas é o estádio de Manaus, em que o TCU identificou sobrepreço de R$ 71,2 milhões - em amostra de R$ 200 milhões - e a Controladoria Geral da União, de R$ 85 milhões - em amostra de R$ 364 milhões.

No Maracanã destruído, onde estava a Delta, o TCU identificou falha no projeto básico e apontou irregularidades na licitação.

Na Transcarioca, o TCU instou o BNDES a suspender a liberação de recursos. A obra desaloja milhares de moradores ao longo do trajeto da rodovia, que não teve licenciamento ambiental regular.

As liberações do Banco não observam os princípios da economicidade e publicidade e desconsideram aspectos que deveriam ser prioridade para um ente público. Um deles é o direito de moradia das populações removidas. O outo é a liberação de projetos, como a Transcarioca, que têm licenças ambientais frágeis, para não dizer fraudadas.

Este período de Olimpíadas não deveria servir apenas para o entretenimento diante da tevê. Afinal, sob o ufanismo típico de “A Copa é nossa”, viabilizam-se algumas tenebrosas transações, cuja conta é sempre a maioria da sociedade que paga.



Carlos Tautz, jornalista, é coordenador do Instituto Mais Democracia – Transparência e Controle Cidadão Sobre Governos e Empresas

EM BUSCA DA CREDIBILIDADE PERDIDA, EIKE BATISTA TEM DE COLOCAR DINHEIRO NA MESA

Após a tempestade de junho jogar as ações das empresas da franquia "X", Eike Batista veio a público dizer que não se importava se o mercado gostava dele ou não. Essa declaração mostrou apenas que Eike havia sentido o golpe, pois, afinal, ele ficou bilionário justamente por saber usar o seu charme, e suas apresentações de Powerpoint, para atrair investidores.


Agora, com a cabeça mais fria, Eike Batista está fazendo o que menos gosta para aplacar a desconfiança do mercado, ou seja, colocar seu próprio dinheiro na mesa. Essa medida, repito, é sintoma claro de que Eike sentiu o golpe. Além disso, como é uma pessoa bastante sagaz, sabe que se a desconfiança reinante não for vencida, a sua fortuna fatalmente virará pó.


Vejamos agora como ficam os áulicos de Eike Batista aqui no Norte Fluminense, especialmente em São João da Barra. Afinal, Eike agora ficará ainda menos generoso para com aqueles que no chão ajudam a implantar seu domínio territorial, especialmente noV Distrito de São João.  Na época do derretimento das ações das empresas da franquia "X" teve incauto que disse que continuaria comprando ações da OG (X). Se isto não foi balela de puxa-saco deslumbrado, é certo que tem gente ficando bem mais pobre do que Eike.


Eike Batista reforça aval à LLX com oferta pelas ações

Bilionário pagará até R$ 618,7 milhões para fechar o capital da LLX, segundo comunicado enviado ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM)


Juan Pablo Spinetto, da 

Oscar Cabral/Veja
Eike: o preço por ação, de R$ 3,13 na oferta, representa um prêmio de 9,8% sobre o fechamento da véspera


Rio de Janeiro - O bilionário Eike Batista quer reconqistar a confiança dos investidores no seu império de empresas de energia e commodities com a oferta pública por todas as ações em circulação da LLX Logística SA.


Eike pagará até R$ 618,7 milhões para fechar o capital da LLX, segundo comunicado enviado ontem à Comissão de Valores Mobiliários. A oferta ocorre depois que as ações bateram a menor cotação em três anos no mês passado. O preço por ação, de R$ 3,13 na oferta, representa um prêmio de 9,8 por cento sobre o fechamento da véspera.


A jogada marca uma inversão de mão na estratégia de Eike Batista, que se tornou o homem mais rico do Brasil ao abrir capital de seis empresas de energia, commodities e logístca em faze pré-operacional desde 2006. Eike, que disse em março que planejava emitir ações de mais duas empresas, viu o valor de sua fortuna pessoal derreter R$ 1,2 bilhão este ano, depois que a OGX Petróleo e Gás Participações SA cortou suas estimativas de produção e reservas.


“É hora de o Eike colocar o dinheiro na mesa, já que a credibilidade despencou”, disse Laurence Balter, que administra US$ 100 milhões na Oracle Investment Research, incluindo ações da OGX. “O mercado está muito irracional, e esse é um bom preço para um porto de muito valor e importante para o Brasil”, disse ele por e-mail.



FONTE: http://exame.abril.com.br/mercados/noticias/eike-batista-reforca-aval-a-llx-com-oferta-pelas-acoes

COMUNICADO DA DIRETORIA DA ADUENF ALERTA SOBRE ATAQUES DO GOVERNO E SINALIZA POSSIBILIDADE DE GREVE DOS PROFESSORES




A semana passada foi uma semana com pouca ação coletiva, porém, com muita ação da diretoria. Iniciamos a semana com mais uma tentativa do governo de retirar mais um direito dos trabalhadores da UENF; a INSALUBRIDADE. Cientes de que objetivo do governo é tirar a o pagamento da insalubridade dos servidores da UENF, contatamos a Reitoria da UENF para que nos fosse esclarecida esta questão. Acontece que a decisão de reavaliar as concessões existentes e analisar novos veio sim do governo estadual, e não da FIRJAN como havia sido veiculado informalmente, existindo ainda uma comissão de avaliação que está sendo presidida por um médico do Estado. Enfim, o circo está armando para RETIRAR MAIS UM DIREITO DOS SERVIDORES DA UENF. A notícia menos forte é de que o governo não assume a existência de irregularidades no processo realizado anteriormente.

Gostaríamos de lembrar a todos que o pagamento da insalubridade não é realizado porque o governo gosta dos servidores, pois o mesmo é pago em função do ambiente agressivo de trabalho que certamente repercute na nossa saúde,podendo-se manifestar os sintomas a qualquer momento. Enfim é o pagamento em dinheiro pelos anos que podemos viver a menos em função do ambiente de trabalho.


A dúvida em questão é: o quê fazer? Pois bem, a recomendação é preencher os formulários da mesma forma que foram preenchidos os anteriores, quando foi concedida a insalubridade. Se as condições iniciais de concessão do direito foram mantidas não tem porque ser retirado o direito. Como conhecemos o governo atual, evidentemente teremos que nos preparar para o pior. Portanto, a diretoria da ADUENF recomenda que os associados deixem cópias dos novos e velhos documentos na nossa secretaria. O objetivo é o de preparar um processo judicial caso o governo tente retirar este direito.

Paralelamente, falamos com a reitoria sobre a possibilidade de implantação da insalubridade na Lei 4008 que se refere à UENF. Segundo informações da Assessoria Jurídica da UENF, esta demanda é possível de ser atendida, pois na lei existe a possibilidade do pagamento, porém, não está regulamentado como o mesmo será feito. Caberá assim aos colegiados na UENF determinar a pertinência do pedido.

No relativo ao processo de remuneração do regime de Dedicação Exclusiva, nos reunimos esta semana com um representante do governo Cabral. Nesta conversa ficou explicito que no dia 1° de Agosto o governo estadual deverá enviar uma mensagem para a ALERJ relativa à implementação da DE na UERJ. Os nossos questionamentos acerca de qual o valor a ser pago, a data de implementação,e a quantidade de professores que serão beneficiados não foram esclarecidos. Entretanto, ficou bem claro que nada seria enviado em relação a UENF. Segundo o membro do governo foi detectado que evidentemente a UENF pleiteará o pagamento, porém, o governo Cabral pretende avaliar o pedido em "outro momento".

Caros ADUENFIANOS, ante esta resposta do governo Cabral não podemos tomar outra medida a não ser aprofundar a campanha salarial. Deixamos claro para o nosso interlocutor no governo Cabral que com o aumento proposto pelo governo Dilma para as universidades federais, os docentes da UENF, únicos com DE nas universidades estaduais fluminenses até o momento, passaram a ser professores de segunda categoria, e que isso não poderá ser aceito. Neste sentido, indicamos que estamos exigindo do governo Cabral o estabelecimento de vencimentos iguais aos que serão recebidos pelos professores das universidades federais. Caso contrário vamos a ter mais uma grande debandada professores da UENF. Para efeito demonstrado adicionamos ao abaixo uma tabela de comparação entre professores doutores com DE em inicio da carreira.




   
Atual
Março de 2013
Março de 2014
Março de 2015
Vencimento inicial das federais para doutor 40 horas/DE
7932
8990
10047
11104
 Diferença do Vencimento inicial UENF
-1226
-2284
-3341
-4398
Desvalorização do vencimento UENF em relação às Federais (%)
-18,3
-34,1
-49,8
-65,6
Relação porcentual do vencimento UENF em relação à universidades federais
84,5
74,6
66,7
60,4


Finalmente gostaríamos de deixar claro que a diretoria da ADUENF sempre foi a favor do dialogo e a tentativa de resolução dos problemas por meio da negociações. Entretanto, temos também experiência em outras lutas. Para tal, estamos convocando a todos os associados para uma assembléia geral nesta terça-feira (31/07), onde decidiremos especificamente quando vamos a entrar de GREVE, pois parece que está é a única forma que o governo entende para atender os nossos direitos. Nesta assembléia deveremos formar um grupo para ir à ALERJ o dia 1° de Agosto para recepcionar os deputados em seu retorno do recesso parlamentar tendo em vista que algumas ações agora se tornam imprescindíveis: audiência pública da Comissão de Educação; audiência pública do Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Estaduais; reuniões com os deputados que sempre apoiaram a UENF, e finalmente reunião com o presidente da casa Paulo Melo.

Compareçam na assembléia, pois a mensagem que temos é claro: temos de nos preparar para defender os nossos direitos de uma forma ampla e inequívoca!


DIRETORIA DA ADUENF
GESTÃO UNIÃO, FORÇA E RESPEITO 20
11-2013.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Laranja perigosa paira sobre os Jogos Olímpicos

por Helen Clark, da IPS

Guerra do Vietna. Foto: Reprodução/historiaespetacular

Hanói, Vietnã, 30/7/2012 – O agente laranja, normalmente chamado de “último legado” da Guerra do Vietnã, está novamente em evidência porque um de seus fabricantes, a multinacional Dow Chemical, aparece entre os patrocinadores dos Jogos Olímpicos que acontecem em Londres. O Vietnã não boicota esta competição, mas apresentou um protesto formal perante o Comitê Olímpico Internacional (COI). O ministro de Esportes deste país, Hoang Tuan Anh, expressou sua “profunda preocupação” pelo multimilionário patrocínio da Dow Chemial.

Agente laranja é o nome em código utilizado para herbicidas e desfolhantes empregados pelas Forças Armadas dos Estados Unidos durante sua invasão do Vietnã (1964-1975). Após a normalização das relações entre Estados Unidos e Vietnã em 1995, Washington destinou fundos para operações de limpeza, mas estas se concentraram em lugares concretos como ex-bases aéreas, onde foi armazenado o agente laranja, e não nas populações humanas que sofreram os efeitos nefastos durante anos.

A crescente cooperação entre os dois países ficou evidente com a visita, em junho, ao Vietnã, do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, e com as três realizadas nos últimos dois anos pela secretária de Estado, Hillary Clinton. Contudo, isso não mudou de forma significativa a atitude de Washington de não contemplar indenização para as populações gravemente prejudicadas por terem sido expostas ao agente laranja.

“Creio que muitos vietnamitas estão descontentes com a decisão dos organizadores das Olimpíadas de 2012. E está totalmente justificado”, declarou à IPS o general da reserva Nguyen Van Rinh, chefe da Associação de Vítimas do Agente Laranja do Vietnã. Este desfolhante contém uma das dioxinas mais tóxicas que se conhece, e os cientistas estimam que umas poucas partes por milhares de milhões podem ser daninhas para a saúde de qualquer ser vivo. Calcula-se que entre 2,1 milhões e quatro milhões de pessoas foram afetadas pelo agente laranja.

O governo vietnamita atribui a ele a presença de câncer e má formação em, aproximadamente, 500 mil crianças de segunda e terceira gerações. A Cruz Vermelha do Vietnã disse que cerca de três milhões de vietnamitas foram prejudicados pelo herbicida, entre os quais pelo menos 150 mil meninas e meninos que nasceram com más formações congênitas. Porém, os cientistas norte-americanos se manifestam precavidos a respeito das estimativas e pesquisas vietnamitas sobre o dano humano causado pelo agente laranja e questionam a qualidade de seus estudos.

Entretanto, as veteranas de guerra norte-americanas supostamente prejudicadas pelo composto químico foram indenizadas e receberam apoio para seus filhos. Os bebês nascidos com espinha bífida (fendida ao meio) ou outras más formações, devido a causas desconhecidas e cujos pais estiveram em zonas onde o agente laranja foi espalhado, também receberam compensações. O Instituto de Medicina da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos em seu informe intitulado Veteranos e Agente Laranja: Resumo e Destaques de Pesquisas, Atualização 1996 conclui que “os testes sobre a associação entre a exposição a herbicidas utilizados no Vietnã e a espinha bífida em filhos de veteranos são limitadas ou sugeridas”.

Há algum tempo os ambientalistas também se preocupam com o fato de a multinacional Monsanto, fornecedora mundial de sementes, incursionar em silêncio no Vietnã. Temem um segundo “legado inesquecível” de um consórcio que participou da produção do agente laranja. Segundo numerosos estudos, a campanha com esse composto tóxico destruiu dez milhões de hectares de terras cultiváveis e aproximadamente 20 mil quilômetros quadrados de terras altas e florestas de mangues.

Rinh questionou o ministro da Agricultura de seu país, Cao Duc Phat, pelo trabalho da Monsanto neste território durante uma sessão da Assembleia Nacional. Depois, declarou que suas perguntas foram vagamente respondidas pelo ministro e, também, queixou-se de que nem as perguntas nem as respostas foram registradas nas atas. Chuck Searcy, um veterano de guerra norte-americano que regressou ao Vietnã há uma década para trabalhar em projetos de remoção de minas e outras munições, revelou que foram “os Estados Unidos que começaram a falar de demandas e questões legais” em relação ao agente laranja.

O fato de o governo norte-americano ter aceito, embora depois de várias reclamações, que os herbicidas causaram danos significativos ao seu pessoal, e ter pago indenizações irritou muita gente no Vietnã. Os cultivos modificados geneticamente “começaram a gerar grandes suspeitas em muitos vietnamitas porque o agente laranja foi produzido pelas mesmas companhias que afirmam que o herbicida é seguro”, pontuou Searcy.

Um grupo de cem vietnamitas levou seu caso contra a Dow Chemical e a Monsanto até a Suprema Corte de Justiça dos Estados Unidos. O julgamento começou em 2004, mas no começo de março de 2009 foi indeferido pelo alto tribunal, o qual determinou que não estava estabelecido um vínculo entre a dioxina e as más formações congênitas dos vietnamitas afetados. Além disso, segundo a legislação norte-americana, nenhuma das duas empresas pode ser considerada responsável, pois agiram sob ordem do governo.

Em resposta à carta de protesto do Vietnã, ao COI, a Dow Chemical disse à VietWeek, uma revista em inglês publicada pela Than Nien News, que a lei de Produção de Guerra absolve as empresas, pois foram obrigadas a produzir o desfolhante pelo governo. “Creio que a cooperação entre Estados Unidos e Vietnã para encontrar e implantar soluções ao problema parece estar um pouco melhor”, disse Rinh à IPS. No entanto, “a maioria são palavras e esses comportamentos são apenas um pequeno esforço e estão muito longe do que deveriam estar fazendo”, ressaltou. Envolverde/IPS(IPS)

ESCALDADO PELAS QUEDAS MONSTRUOSAS DAS EMPRESAS DA FRANQUIA "X" SE MOVIMENTA PARA FECHAR O CAPITAL DA LL(X)



A matéria abaixo dá conta que Eike Batista resolveu fechar o capital da LL (X), a empresa da sua franquia que cuida da construção do Porto do Açu. As leituras para este movimento inesperado de Eike podem ser muitas. A minha pessoal é que sentindo o peso da bordoado que sofreu em junho, Eike Batista finalmente desceu do salto alto e resolveu se precaver.


Este movimento talvez tenha sido tardio demais.


Agora é esperar e ver. Os dados estão rodando na mesa, e Eike deverá estar cruzando os dedos para mais este tiro não sair pela culatra. Afinal de contas para quem se vendia como um novo Midas, Eike Batista andou pisando na bola, e feio!



Por que Eike aposta na LLX, a ponto de ficar com 100% dela
Obras atrasadas e desconfiança os investidores pós-OGX atrapalharam o desempenho da empresa





Marcela Ayres,


São Paulo – Nesta segunda, Eike Batista anunciou a intenção de fechar o capital da sua empresa de logística, a LLX. Para especialistas, o tombo sofrido pelos papéis reforça a impressão de que as ações estão baratas - em quatro anos, a desvalorização chega a 40%. Ao investir na companhia, portanto, o bilionário sinalizaria confiar nos projetos da empresa em um momento em que o mercado parece fazer o contrário.

Criada em 2007 com o propósito de investir em infraestrutura e logística no setor portuário, a LLX se separou da MMX, empresa de mineração da qual fazia parte, e passou a ser negociada na Bovespa como uma companhia independente em julho de 2008.

Seu principal projeto, o superporto de Açu, está com as obras atrasadas há dois anos. Construído em uma área de 150 quilômetros quadrados em São João da Barra, no norte fluminense, o empreendimento foi vendido por Eike como um "megadesarbitrador das ineficiências do Brasil". De lá para cá, contudo, o andamento foi emperrado por greves, desapropriações e por problemas de ordem ambiental.

Embora mais de 60 protocolos de intenção de investimento no local já tenham sido apresentados por empresas de peso, como Fiat e Cargill, o porto fechou contrato de aluguel de espaço e movimentação de carga com sete companhias até agora - incluindo MPX e OSX, também de Eike.

Parece desalentador? Nem tanto, ressalva Renato Pavan, sócio da consultoria Macrologística, de infraestrutura de transportes. "A LLX nasceu com a noção de que o Brasil precisa de logística integrada. E o porto de Açu apresenta oportunidades de investimento enormes, acordados com empresas internacionais", diz. Para ele, inclusive, o atraso apresentado até agora é pequeno perto do tamanho do negócio. E também teria sido experimentado em obras do PAC e de titãs como a Petrobras.

Além da crença no negócio, Eike teria visto um belo desconto nos papéis da empresa. Hoje, o empresário tem cerca de 54% das ações da LLX. O fundo Ontario Teachers Pension Plan possui outros 28,5%. Com a OPA, ambos aumentariam sua participação em uma transação que movimentaria, a princípio, até 620 milhões de reais, já que a oferta leva em conta um preço máximo de 3,13 reais por cada papel que circula no mercado.

Ainda que represente um ágio de 25% sobre a cotação média dos últimos 20 pregões, o valor não seria exatamente alto. Nas contas de Victor Mizusaki, analista de logística e transporte do UBS, as duas empreitadas de menor risco da LLX já fariam com que a ação da empresa tivesse um valor justo de 3,10 reais. No pregão da última sexta-feira, ela fechou bem abaixo disso, a 2,85 reais.

A conta, que inclui o projeto Minas-Rio, tocado em parceria com a Anglo American, e o terminal onshore TX-2, não leva em consideração uma série de projetos que dependem do complexo industrial de Açu. Se adicionados os ganhos com uma das principais investidas da LLX, a companhia valeria mais, bem mais, do que hoje – algo em torno de 6,90 reais.

Pelo mesmo raciocínio, o preço máximo ofertado por Eike para levar o restante das ações também estaria barato, embutindo um lustroso potencial de ganho para o empresário. Mas se há tanto fundamento por trás das operações, o que teria barrado a escalada da empresa até agora? Na visão de Mizusaki, do UBS, a depreciação sofrida pela OGX depois de revisadas as expectativas de produção no campo de Tubarão Azul acabou afetando o restante das empresas X, incluindo a LLX. A aversão ao risco em um ambiente econômico mais turbulento no mundo inteiro também teria se encarregado de penalizar a companhia.


FONTE: http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/servicos/noticias/por-que-eike-aposta-na-llx-a-ponto-de-ficar-com-100-dela?page=2
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS DO CAMPO LANÇAM ABAIXO-ASSINADO PELA DESAPROPRIAÇÃO DAS TERRAS DA USINAS CAMBAHYBA



Como produto das revelações oferecidas pelo ex-delegado Cláudio Guerra acerca da suposta cremação de opositores do regime militar nos fornos da Usina Cambahyba, organizações sociais que defendem a reforma agrária capitaneadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais estão circulando um abaixo-assinado dirigido ao Juiz Dario Ribeiro Machado Junior da Segunda Vara Federal de Campos dos Goytacazes no sentido de que seja acelerado o processo de desapropriação das das fazendas da Usina Cambahyba
 
Segundo o que consta do abaixo assinado, "o processo de reivindicação pela desapropriação do Complexo da Usina Cambahyba é antigo, Trata-se de um grande latifúndio improdutivo, decorrendo daí o desejo das famílias de trabalhadores sem terra de verem essa terra produzindo em conformidade com a determinação constitucional, cumprindo com sua função social por meio da diversidade que caracteriza a agricultura familiar.".

O documento se encontra colocado na sua íntegra logo abaixo. 

Diante deste quadro, uma coisa é certa: a luta pela desapropriação das terras da Usina Cambahyba deverá esquentar no próximo período já que a adesão inicial ao abaixo-assinado está sendo bastante alta. 


EXMO. SR. JUIZ DARIO RIBEIRO MACHADO JUNIOR – SEGUNDA VARA FEDERAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES DA SEÇÃO DO RIO DE JANEIRO

Vimos esclarecer e requerer o que se segue.
            Encontra-se tramitando na 2ª Vara Federal a ação ordinária nº 980304000-6 que pretende obstar o prosseguimento de processo administrativo do INCRA, iniciado em 1998, que visa embasar a ação de desapropriação das fazendas da Usina Cambahyba localizada no município de Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro, para fins de Reforma Agrária.
            A história dessa Usina acabou por ser amplamente conhecida. Na primeira semana de maio de 2012 foi noticiado detalhes sobre o papel desempenhado pela Usina Cambahyba no período da ditadura militar. O ex-delegado do DOPS, Claudio Guerra, denunciou vários crimes da ditadura civil-militar, que estão relatados em seu livro de memórias.
            Dentre os detalhes narrados pelo ex- delegado o que mais causa espécie reside na incineração dos corpos de dez militantes que lutavam contra o Regime Militar no forno da Usina Cambahyba, propriedade de Heli Ribeiro Gomes, ex-vice governador e ex-Deputado Federal do Rio de Janeiro, em Campos dos Goytacazes. De acordo com denúncia veiculada na Imprensa, a Usina recebia como contrapartida favorecimento na cessão de créditos e financiamentos.
            O processo de reivindicação pela desapropriação do Complexo da Usina Cambahyba é antigo, Trata-se de um grande latifúndio improdutivo, decorrendo daí o desejo das famílias de trabalhadores sem terra de verem essa terra produzindo em conformidade com a determinação constitucional, cumprindo com sua função social por meio da diversidade que caracteriza a agricultura familiar.
            As expectativas em torno da efetivação dos comandos estabelecidos na constituição da República de 1988 no que se refere ao exercício da Reforma Agrária se ampliam diante das notícias de que a função social da Usina Cambahyba há muito vem sendo descumprida.
            Se no passado serviu para a eliminação de vidas humanas oponentes à ditadura militar, no presente continua servindo de obstáculo para efetivação da dignidade humana, princípio basilar do nosso Estado democrático e de Direito, na medida em que não permite o acesso das muitas famílias que desejam produzir o alimento nessa terra absolutamente improdutiva.
            As notícias acerca do papel desempenhado pela Usina Cambahyba na ditadura militar colocam um grande desafio para o Poder Judiciário, visto que o passado marcado pela violência e de ruptura com os direitos, reproduz-se no presente. Assim, cabe ao Poder Judiciário nesse momento histórico efetivar a justiça, seja para garantir que a memória do passado não desapareça ou se apague, seja para garantir que a memória do presente não seja uma negação de direitos.
            Diante do exposto, os representantes da sociedade civil que ora são signatários do presente requerimento solicitam que seja prolatada com máxima urgência a sentença referente ao processo acima mencionado, permitindo-se assim que o Estado brasileiro possa concluir a desapropriação desse latifúndio marcado historicamente pela violência.
            Nestes termos,
            Pede deferimento,

            Data ....
           

Abaixo assinados solicitando agilidade na ação ordinária nº 980304000-6
Desapropriação das Fazendas da Usina Cambahyba

NOME
DOCUMENTO





























































OLIMPÍADAS DE LONDRES PASSAM POR MICO DE TER CENTENAS DE CADEIRAS VAZIAS: PREÇOS CAROS SÃO A CAUSA MAIS PROVÁVEL


Os jogos olímpicos que estão ocorrendo em Londres estão passando por um mico mais terrível do que a troca da bandeira das Coréias na cerimônia de abertura. O principal fiasco até o momento é a falta de expectadores, já que em muitos eventos os atletas estão competindo para si mesmos.  A principal causa desta situação vexatória é muito provavelmente o custo altos dos ingressos, que variam entre 20 e 750 libras esterlinas (entre R$ 63,46 e R$ 2.379,55). 

Agora o que se pergunta é se o que está acontecendo em Londres não é um prenúncio de uma situação ainda pior no Rio de Janeiro já que o poder de compra dos brasileiros fica muito abaixo dos britânicos que hoje estão literalmente deixando os jogos às moscas.

A verdade é que toda a fortuna que será gasta no Rio de Janeiro para hospedar a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos seria muito melhor gasto se fosse feito na melhoria da situação urbana.  As cadeiras vazias de Londres apenas tornam isso ainda mais evidente. 


AUDIÊNCIA PÚBLICA VAI DISCUTIR SITUAÇÃO DA PESCA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO


Após os assassinatos de dois pescadores pertencentes aos quadros da Associação Homens do Mar da Baía de Guanabara (AHMOR) em condições para lá de misteriosas, a Câmara de Vereadores da cidade do Rio de Janeiro irá finalmente abordar a situação crítica em que este setor vem vivendo sob um grave impacto decorrente da presença de múltiplas estruturas industriais no interior daquele ecossistema.

Esta iniciativa precisa ser divulgada e apoiada. O plenário da Câmara de Vereadores precisa estar cheio de pessoas que mostrem sua disposição de apoiar a AHMOR e sua justa luta em prol da pesca artesanal dentro da Baía da Guanabara.


domingo, 29 de julho de 2012

China se rende a protestos e desiste de obra poluidora da fabrica de papel.

Após manifestações populares em cidade perto de Xangai, autoridades cancelam tubulação que seria parte de fábrica

Protestos evidenciam crescente preocupação do país com risco de instabilidade em meio a mudança política

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS 


Depois de vários protestos, a China desistiu ontem do plano de construir uma tubulação de águas residuais.

A decisão, um sinal da crescente preocupação do governo com protestos de cunho ambiental, foi tomada depois que milhares de pessoas tomaram as ruas da cidade de Qidong in Jiangsu, ao norte de Xangai.

A construção do duto era parte do projeto de uma fábrica de papel, a japonesa Oji Paper Group.

A empresa havia dito na sexta-feira que a água só seria despejada no rio depois de ser devidamente tratada. A promessa não convenceu os moradores. Segundo a agência oficial Xinhua, durante os protestos houve confrontos com a polícia e um carro chegou a ser tombado pelos manifestantes.

Os moradores só começaram a se dispersar quando a empresa anunciou, por meio de seu site, que havia desistido de construir a tubulação.

Alguns manifestantes ainda desconfiam da decisão, alegando que não ficou claro no comunicado se o governo abandonou o projeto de forma permanente.

A saída dos dejetos pela tubulação representaria, segundo os manifestantes, 150 mil toneladas de águas residuais por dia.

Os protestos contra a poluição vêm ganhando força. O risco de instabilidade social é especialmente preocupante para as autoridades neste ano, em que haverá mudança no comando do país.

SEM ÁGUA, TELEFONE OU CALÇADA NO CENTRO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES


Creio que muitos já estão cansados das minhas postagens sobre a interminável obra sendo realizada pela PMCG no bairro da Lapa e redondezas, mais especificamente na Avenida Sete de Setembro. Afinal, lá se vão quase cinco meses de abrir, fechar, abrir, fechar o buraco formado pela obra.


Eu até já acostumei com a poeira, as intervenções sem aviso prévio para os moradores, o barulho das máquinas, e tudo o mais.


Mas convenhamos que a minha atual situação (aliás minha não, de todos os moradores afetados pela obra) agora chega ao surreal. Ao voltar de uma longa viagem me deparei com uma montanha de entulhos no ponto que costumava ser a entrada da minha garagem. Não me fiz de rogado e peguei logo uma pá para poder entrar em casa. Nem fiquei nervoso com os operários que me prometeram que durante a destruição da calçada eu ganharia uma rampa improvisada até que a calçada definitiva ficasse pronta sabe-se lá quando.


No entanto, após cavar o meu caminho e deixá-lo transitável novamente, eis que eu descubro que o fornecimento de água da minha casa fora interrompido pelos operários da obra na 5a. feira passada e que ninguém se lembrou de fazer a religação. Ao notar que a água continuava aparentemente vazando, liguei logo para a concessionária Águas do Paraíba quando me foi prometido que a equipe já estaria a caminho. Tola ilusão, pois ligar quase quatro depois me foi informado que a equipe de reparo deverá aparecer amanhã, segunda-feira. E olha que eu fiz questão de frisar o fato de que a água aparentemente está vazando no interior do que costumava ser a calçada em frente da casa.


Para quem pensa que este inferno acaba aqui, está enganado. De quebra a minha telefônica fixa também está muda! 


E ai que eu pergunto para a nossa querida prefeita dona Rosinha Garotinho: 


--querida prefeita, a senhora não veio aqui na esquina da Sete de Setembro com Gonçalves Dias no dia 07 de Maio e prometeu que até o dia 22 de Maio tudo estaria pronto?  Essa obra parece pronta para a senhora? Por favor confira as imagens abaixo e depois me responda. Mas aviso que não pode ser na mesma linha em que eu recebi a sua propaganda de campanha, visto que, como já escrevi acima, a linha está muda!


Em tempo senhora dona prefeita Rosinha Garotinho! Não sou seu eleitor, mas estou desconfiado que tem gente dentro de se ugoverno trabalhando contra o seu sucesso.. Só assim para explicar tamanha bagunça em obras que deveriam lhe garantir muitos, mas muitos vtos. E eu lhe digo, a senhora está é perdendo votos.  Afora o inconfundível cheiro que brota do esgoto a céu aberto, isto também tem o odor de um tremendo Cavalo de Tróia!







Cientista cético sobre o aquecimento global muda de posição após realizar estudo sobre as mudanças na temperatura da Terra



Temos assistido em tempos recentes a uma série de entrevistas na mídia brasileira de pesquisadores que se dizem céticos do processo do aquecimento global. Na contramão das evidências científicas, estes pesquisadores afirmam que não há nenhum processo antrópico afetando a temperatura da Terra.

Pois bem, esses céticos que têm sido badalados pelos órgãos da mídia corporativa acabam de ser solapados por alguém que estava dentro de suas próprias fileiras céticas. Como mostra a máteria abaixo, publicada pelo jornal conservador britãnico "The Guardian", um líder dos céticos nos EUA, o Prof .Richard Mapós realizar pesquisas financiadas pelo lobby do carvão ficou surpreso com seus próprios resultados ao verificar que realmente as temperaturas do nosso planeta estão se elevando de forma inegável.

Péssima notícia não apenas para os céticos do aquecimento, mas para todos que resolveram morar na beira da praia. Afinal, com o aquecimento está ocorrendo um derretimento das geleiras terrestres que inevitavelmente causará uma elevação na altura dos oceanos.


Climate change study forces sceptical scientists to change minds

Earth's land shown to have warmed by 1.5C over past 250 years, with humans being almost entirely responsible

Leo Hickman


Prof Richard Muller considers himself a converted sceptic following the study's surprise results. Photograph: Dan Tuffs for the Guardian

The Earth's land has warmed by 1.5C over the past 250 years and "humans are almost entirely the cause", according to a scientific study set up to address climate change sceptics' concerns about whether human-induced global warming is occurring.

Prof Richard Muller, a physicist and climate change sceptic who founded the Berkeley Earth Surface Temperature (Best) project, said he was surprised by the findings. "We were not expecting this, but as scientists, it is our duty to let the evidence change our minds." He added that he now considers himself a "converted sceptic" and his views had undergone a "total turnaround" in a short space of time.

"Our results show that the average temperature of the Earth's land has risen by 2.5F over the past 250 years, including an increase of 1.5 degrees over the most recent 50 years. Moreover, it appears likely that essentially all of this increase results from the human emission of greenhouse gases," Muller wrote in an opinion piece for the New York Times.

The team of scientists based at the University of California, Berkeley, gathered and merged a collection of 14.4m land temperature observations from 44,455 sites across the world dating back to 1753. Previous data sets created by Nasa, the US National Oceanic and Atmospheric Administration, and the Met Office and the University of East Anglia's climate research unit only went back to the mid-1800s and used a fifth as many weather station records.

The funding for the project included $150,000 from the Charles G Koch Charitable Foundation, set up by the billionaire US coal magnate and key backer of the climate-sceptic Heartland Institute thinktank. The research also received $100,000 from the Fund for Innovative Climate and Energy Research, which was created by Bill Gates.

Unlike previous efforts, the temperature data from various sources was not homogenised by hand – a key criticism by climate sceptics. Instead, the statistical analysis was "completely automated to reduce human bias". The Best team concluded that, despite their deeper analysis, their own findings closely matched the previous temperature reconstructions, "but with reduced uncertainty".

Last October, the Best team published results that showed the average global land temperature has risen by about 1C since the mid-1950s. But the team did not look for possible fingerprints to explain this warming. The latest data analysis reached much further back in time but, crucially, also searched for the most likely cause of the rise by plotting the upward temperature curve against suspected "forcings". It analysed the warming impact of solar activity – a popular theory among climate sceptics – but found that, over the past 250 years, the contribution of the sun has been "consistent with zero". Volcanic eruptions were found to have caused short dips in the temperature rise in the period 1750–1850, but "only weak analogues" in the 20th century.

"Much to my surprise, by far the best match came to the record of atmospheric carbon dioxide, measured from atmospheric samples and air trapped in polar ice," said Muller. "While this doesn't prove that global warming is caused by human greenhouse gases, it is currently the best explanation we have found, and sets the bar for alternative explanations."

Muller said his team's findings went further and were stronger than the latest report published by the Intergovernmental Panel on ClimateChange.

In an unconventional move aimed at appeasing climate sceptics by allowing "full transparency", the results have been publicly released before being peer reviewed by the Journal of Geophysical Research. All the data and analysis is now available to be freely scrutinised at the Bestwebsite. This follows the pattern of previous Best results, none of which have yet been published in peer-reviewed journals.

When the Best project was announced last year, the prominent climate sceptic blogger Anthony Watts was consulted on the methodology. He stated at the time: "I'm prepared to accept whatever result they produce, even if it proves my premise wrong." However, tensions have since arisen between Watts and Muller.

Early indications suggest that climate sceptics are unlikely to fully accept Best's latest results. Prof Judith Curry, a climatologist at the Georgia Institute of Technology who runs a blog popular with climate sceptics and who is a consulting member of the Best team, told the Guardian that the method used to attribute the warming to human emissions was "way over-simplistic and not at all convincing in my opinion". She added: "I don't think this question can be answered by the simple curve fitting used in this paper, and I don't see that their paper adds anything to our understanding of the causes of the recent warming."

Prof Michael Mann, the Penn State palaeoclimatologist who has faced hostility from climate sceptics for his famous "hockey stick" graph showing a rapid rise in temperatures during the 20th century, said he welcomed the Best results as they "demonstrated once again what scientists have known with some degree of certainty for nearly two decades". He added: "I applaud Muller and his colleagues for acting as any good scientists would, following where their analyses led them, without regard for the possible political repercussions. They are certain to be attacked by the professional climate change denial crowd for their findings."

Muller said his team's analysis suggested there would be 1.5 degrees of warming over land in the next 50 years, but if China continues its rapid economic growth and its vast use of coal then that same warming could take place in less than 20 years.

"Science is that narrow realm of knowledge that, in principle, is universally accepted," wrote Muller. "I embarked on this analysis to answer questions that, to my mind, had not been answered. I hope that the Berkeley Earth analysis will help settle the scientific debate regarding global warming and its human causes. Then comes the difficult part: agreeing across the political and diplomatic spectrum about what can and should be done."



O fim da dívida pública é só um mito, pois nunca devemos tanto! 


Marcos A. Pedlowski, artigo publicado no número 255 da Revista Somos 255



Em artigo de sua coluna publicada em vários jornais brasileiros, a jornalista Miriam Leitão teceu uma série de considerações acerca de um relatório recente do Fundo Monetário Internacional (FMI) acerca da situação da economia brasileira. Miriam Leitão indicou em seu libelo de tintas neoliberais que apesar do Brasil não ser mais tão controlado pelo FMI, os argumentos apresentados por seus analistas ainda deveriam ser levados em conta. Esse tipo de argumento, muito difundido nos anos pós-FHC tem vários méritos, ainda que nem todos sejam evidentes num primeiro olhar. Um deles é revelar que o PT, e principalmente Lula, vem contando com uma enorme boa vontade por parte daqueles que seus dirigentes e simpatizantes na mídia resolveram alcunhar de “Partido da Imprensa Golpista” ou, simplesmente, PIG. Afinal, só com muita boa vontade e competente colaboração de pessoas como Miriam Leitão é que fomos levados a acreditar na mentira de que o Brasil não sofre mais com as imposições do FMI e, pior ainda, com o flagelo representado pela dívida pública, seja ela interna ou externa.

Mas essa boa vontade com os governos do PT tem uma explicação. É que após assumir o governo federal, o partido de Lula, Antonio Palocci e José Dirceu se tornou o principal avalista da manutenção da ordem criada pelos acordos de Bretton Woods, dos quais o FMI é um dos principais produtos. Mas foi graças à caprichosa colaboração do PIG é que Lula foi capaz de convencer a maioria dos brasileiros de que o Brasil agora não obedece e nem precisa mais do FMI, já que a dívida externa teria sido finalmente paga. Para não parecer que este tipo de mito foi comprado apenas por pessoas humildes, posso afiançar que já mantive conversas acaloradas com colegas, todos eles detentores de lustrosos títulos de doutor, que teimavam em afirmar que a dívida externa já era.

Felizmente, existe um grupo de intelectuais e ativistas sociais que têm trabalhado com afinco para tirar essa fumaça ideológica dos nossos olhos. Assim, sob a bandeira da chamada “Auditoria Cidadã da Dívida”, um processo de desconstrução desta farsa está felizmente sendo produzido. Assim é que ao consultar o material que está sendo produzido pela Auditoria Cidadã, qualquer um poderá ver que os valores da dívida pública brasileira são astronômicos, e causa enormes prejuízos ao nosso cotidiano. Para quem nunca parou para pensar nesse assunto, eu diria que os 2 trilhões, 681 bilhões, 915 milhões, 202 mil, 619 reais e 52 centavos da dívida interna quando somados aos 410 bilhões, 853 milhões, 418 mil, 816 dólares e 41 centavos de dólares da dívida externa (até maio apenas) deverão servir para mostrar a gravidade da situação. Mas se isto ainda não for claro o suficiente, talvez a informação de que em 2012 (mais precisamente até 19/07) o pagamento da dívida pública consumiu 564 bilhões de reais, o equivalente a 54% do gasto federal, o seja.

Se estes números que revelam o tamanho do buraco em que o Estado brasileiro está metido por causa da sua submissão ao sistema especulativo global não forem suficientes, talvez um recente pedido de demissão ocorrido dentro do corpo técnico do FMI deixe a situação mais clara: em uma correspondência onde pedia demissão, após duas décadas de trabalho, o economista Peter Doyle literalmente rasgou a fantasia de infalibilidade da qual o FMI se serve para manter a economia global presa numa coleira de austeridade fiscal. Segundo Doyle, boa parte da crise que corrói a economia europeia é culpa do próprio FMI, que demorou a alertar os governos daquela região sobre os problemas que estavam por vir. Mas Doyle foi mais além, afirmando que boa parte do sofrimento que está sendo imposto a espanhóis, gregos e irlandeses decorreu da enorme incompetência do FMI em formular políticas que resolvessem em vez de agravar o problema. Em função disso, Doyle escreveu que saía envergonhado do cargo que ocupou por vinte anos.

O mais curioso, para não dizer trágico, é que recentemente a ministra do Planejamento do governo Dilma, Miriam Belchior, do alto do seu salário de R$43 mil reais mensais, afirmou que era inconcebível dar aumentos aos servidores das instituições federais de ensino, em greve há mais de dois meses, quando toda a Europa está reduzindo salários. Este tipo de pensamento conservador do ponto de vista fiscal é um produto típico das políticas do FMI da qual Peter Doyle se declarou envergonhado. Além disso, se houvesse um mínimo de vontade de evitar os mares bravios que hoje afetam a economia mundial, a receita a ser adotada deveria ser justamente a oposta à que está sendo aplicada pelo FMI em países como Grécia, Espanha e Irlanda.

Agora, uma coisa é clara. Caso o governo Dilma insista em manter o salário do funcionalismo congelado para poder pagar os escorchantes juros que transformam o Brasil num paraíso especulativo, não serão apenas os servidores que sofrerão. Quando muito, o destino salarial dos servidores pode ser visto como um oráculo do que está por vir se o rumo da política econômica não for mudado logo.