Você sabe o que vai acontecer no mundo dia 15 de Outubro?

Os espanhóis lançaram um desafio que está encontrando eco em várias partes do mundo: transformar o próximo dia 15 de outubro num dia mundial de lutas. A proposta é montar acampamentos nas praças, reivindicando “Democracia real já!"

O chamado é dirigido principalmente a trabalhadores e estudantes indignados com um sistema econômico-social, predominante em todos os países, que penaliza os trabalhadores, cortando salários e direitos, abusa da corrupção intrínseca ao capitalismo, reprime movimentos sociais: ou seja, aplica as velhas e desgastadas fórmulas diante das crises, sempre poupando as elites e castigando a maior parte da população.

Para se ter uma ideia da aceitação do chamado, até as 17 horas de hoje, uma página recém criada no facebook, conclamando “os indignados para estarem nas ruas no dia 15”, já reunia 3.594 pessoas.

Histórico

As mobilizações populares que ainda estão em curso na Tunísia e no Egito desencadeiam protestos semelhantes em outros países, inclusive nos Estados Unidos (Wall Street). No mundo árabe, isso se expressou a partir da luta contra as ditaduras que oprimiam a população. Na Europa e Estados Unidos ganha força como resposta às políticas de retiradas de direitos da população e o alto índice de desemprego da juventude. Na América Latina, milhões de chilenos saíram às ruas em defesa de uma educação gratuita e de qualidade.

No Brasil, há uma onda de mobilizações reivindicando mais verbas para a educação (10% do PIB para a Educação), contra a remoção de famílias nas grandes cidades ( para favorecer a especulação imobiliária), por melhores salários e condições de trabalho (movimento inflamado dos bombeiros, greve dos bancários e Correios). Diversas reitorias de universidades públicas foram ocupadas. A campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso realizou no Rio, no dia 3 de outubro, um Dia de Luta contra as Privatizações. E todas essas manifestações e tantas outras que não param de surgir estarão irmanadas globalmente no próximo dia 15.

Fonte: Agência Petroleira de Notícias