Eike Batista pode estar em apuros com seus credores, mas não pode reclamar do INEA e sua disposição de emitir licenças "Fast Food". Agora a LL(X) foi premiada com a licença prévia e de instalação (esse deve ser mais um recorde de velocidade na emissão de licenças!) para a construção de um terminal de gás natural liquefeito no Porto do Açu.
Quem conhece a luta dos pescadores da Baía da Guanabara contra a Petrobras sabe que um dos motivos para os conflitos é justamente um terminal gigante que a ainda estatal construiu próximo da Ilha do Governador, e que trouxe graves dificuldades para a circulação das centenas de pescadores artesanais que ali tentavam sobreviver da pesca. Com a construção desse terminal no Porto do Açu, dificuldades semelhantes deverão ocorrer para os pescadores de Atafona e do Farol de São Tomé. O aumento do fluxo de navios certamente aumentará o risco de abalroamento e perda de material de pesca para os pescadores, fato
que pode ser muito prejudicial aos pescadores que ainda conseguem atuar na região do Porto do Açu.

Mas nada disso impediu a emissão de duas das três licenças que qualquer empreendimento precisa para operar. A terceira deverá depender da capacidade de Eike Batista manter o empreendimento acima do nível do mar das finanças em dificuldades. Simples assim.
LLX recebe licença prévia para terminal de GNL no Açu
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A LLX anunciou nesta terça-feira que o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio de Janeiro concedeu licença prévia e de instalação para a construção de um terminal de gás natural liquefeito (GNL) no porto do Açu.
Segundo a companhia do grupo EBX, do empresário Eike Batista, o terminal de GNL permitirá a instalação de um parque termelétrico no porto, garantindo "suprimento de energia para todas as empresas que pretendem se instalar no complexo industrial".
O terminal de GNL terá capacidade para 10 milhões de metros cúbicos por dia e poderá atender à unidade termelétrica da MPX que será construída no porto e às outras empresas que se instalarem no complexo, segundo a LLX.
"O novo terminal de gás poderá atrair diversos tipos de indústrias que utilizam este insumo como fonte de energia", declarou o diretor-presidente da LLX, Marcus Berto, em comunicado.
(Por Diogo Ferreira Gomes)