Entre trancos e barrancos em sua evolução, a UENF pode estar presenciando o ressurgimento de um elemento fundamental do projeto institucional idealizado por Darcy Ribeiro. É que após terem fechado a BR-101, os estudantes da instituição estão hoje na ALERJ acompanhando um grupo de professores que está lá tentando destravar as negociações que foram emperradas pelo (des) governo de Sérgio Cabral.
A minha expectativa é que a ação dos estudantes não se encerre com uma possível obtenção dos ganhos salariais que os professores demandam. A verdade é que hoje a UENF passa por uma série de problemas muito sérios, fruto de uma combinação de asfixia financeira e interferência na sua autonomia universitária.
Como os estudantes parecem já ter entendido, parte significativa de qualquer transformação será fruto de sua ação política direta. Felizmente parece que estamos assistindo a um novo momento, o que até pode estar deixando algumas pessoas pessoas, mas pessoalmente acho que a mobilização dos estudantes pode ser a centelha de que a UENF estava precisando para se manter como um projeto pedagógico de excelência, e não um simples lócus de reprodução de conhecimento velho e ultrapassado como quer o (des) governo do Rio de Janeiro.