Para descobrir se foi demitido da OSX, quando o funcionário chega pela manhã basta colocar a senha no computador. Se estiver bloqueada, pode ir para casa e esperar a tradicional cartinha. Essa Roleta X está sendo repudiada pelos recém-contratados demitidos, por acharem que não é uma forma digna de despachar aqueles que acreditaram na empresa e mudaram as suas vidas em função disso. E o Ministério Público Federal do Trabalho, o que será que acha disso?

sexta-feira, 3 de maio de 2013
Na crise da OSX, os programas sócio-ambientais sofrem com a foice das demissões
Acabo de ser informado que o setor que cuidava de 42 programas sócio-ambientais da OS(X) na região do Açu acaba de ser fortemente impactado pelas demissões em massa que estão ocorrendo na empresa. Segundo uma fonte bem informada e que prefere, por razões óbvias, se manter anônima, a equipe que tinham cerca de 20 pessoas (entre funcionários da OSX e terceirizados da empresa canadense CRA) agora está reduzida a apenas 4. Segundo essa mesma fonte, tal redução praticamente inviabiliza a continuidade dos programas e prejudica quem estava sendo assistido.
Como se vê, é na hora do aperto que os compromissos das corporações ficam mais claros. No caso do Grupo EB(X), bastou a situação apertar para que os supostos compromissos com as questões sócio-ambientais sejam rapidamente esquecidos.
E olha que ainda tinha gente que reclamava quando se apontou, por exemplo, o grave problema da salinização causado pelas obras do Porto do Açu. Vamos ver agora quem é que aparece para dizer que tudo não passava de inveja e rancor dos "perdedores que não querem o desenvolvimento do Norte Fluminense".
Ururau confirma: OSX demite funcionários que trabalhavam no Porto do Açu, em SJB

Segundo assessoria, ainda não se tem um número oficial de demitidos
Funcionários da OSX, empresa do Grupo EBX, que trabalhavam na construção do Superporto do Açu, no município de São João da Barra, foram demitidos na manhã desta sexta-feira (03/05). Em matéria publicada pelo Site Ururau, no último dia 14 de abril, foram confirmadas outras 80 demissões.
Em nota enviada pela assessorria de impressa, ainda não se tem o número oficial de demissões. A OSX informa que os ajustes que estão sendo realizados no quadro de funcionários da companhia fazem parte de um processo de adequação da equipe à sua atual carteira de encomendas, que conta com unidades contratadas pela OGX, Petrobras, Sapura e Kingfish.
Este processo visa uma adaptação ao atual cenário do mercado no País neste ano. Com um ajuste da equipe de colaboradores do estaleiro, é natural que serviços de apoio também sofram adequações, o mesmo ocorrendo com serviços terceirizados. As obras do estaleiro seguem concentradas nas áreas e estruturas necessárias ao desenvolvimento dos projetos em carteira.
Segundo o presidente do Sindicato da Construção Civil, José Eulálio, até o início da tarde, o órgão ainda não havia sido comunicado sobre as demissões.
INVESTIMENTOS EM QUEDA
O empresário Eike Batista, que figurou por diversas vezes no topo do ranking da revista Forbes e ano passado caiu para a sétima posição, com uma fortuna avaliada em US$ 30 bilhões, despencou 93 posições, de acordo com a última publicação, reduzindo seu patrimônio ao valor estimado de US$ 10,3 bilhões. De acordo com a revista Época Negócios, as perdas de eike se devem especialmente à queda no preço das ações de suas empresas da holding EBX.
Indicado como símbolo de prosperidade e empreendedorismo, vem assistindo à queda das ações de suas empresas na bolsa de valores e a desistência dos parceiros estrangeiros, iniciada em 2012, quando alegando falta de infraestrutura como ferrovia e terminais portuários a siderúrgica chinesa Wuhan Iron and Steel Corporation (Wisco), desistiu da parceria com a MMX.
No dia 12 de abril em ocasião da inauguração da Fábrica de Sucos do Grupo Arbor, e, Campos, o governador Sérgio Cabral também falou sobre as dificuldades que o empresário brasileiro vem enfrentado e a força conjunta das diversas esferas que devem amparar o empreendimento.
“Temos que dar todo apoio ao empresário Eike Batista, um empreendedor corajoso. Quem for ao Açu pode até achar que é obra de governo e não do setor privado. Infelizmente no Brasil às vezes temos a mania de em alguns setores punir o empreendedor. O Eike merece todo nosso apoio, da Petrobras, do Governo Federal, do Estado, de todas as Prefeituras, porque o que ele está fazendo poderia ser muito mais fácil vender, se acomodar e ir embora. É para tirar o chapéu e apoiá-lo”.
Acionistas da EON, sócia de Eike na MPX, reclamam da "queima" de dinheiro na Turquia e no Brasil
A matéria abaixo publicada pela Bloomberg News mostra a reação de acionistas da EON na Alemanhã que reclamam que a direção da empresa está "queimando" dinheiro com seus investimentos no Brasil e na Turquia. Um gerente de portifólios na Union Investiment declara que fica a impressão de que a EON ganha dinheiro na Alemanha para queimar no exterior. A maior preocupação dos acionistas da EON é com a política de expansão num setor onde os riscos são muito altos.
O curioso é que enquanto os acionistas da EON reclamam dessa "queima" de dinheiro em empresas como a MP(X) de Eike Batista, o BNDES continua despejando bilhões nas empresas da franquia "X". Deve ser porque o capitalismo no Brasil deve funcionar segundo outra lógica. Só isso explicaria tanta frugalidade na entrega de dinheiro público a um grupo privado que, convenhamos, consegue gerar mais desconfiança do que crédito naqueles países
EON Shareholders Warn Against ‘Burning’ Money in Turkey, Brazil
By Tino Andresen - May 3, 2013 8:55 AM GMT-0300
EON SE, Germany’s largest utility, defended its expansion into Brazil and Turkey against criticism from shareholders at the annual general meeting today.
We have “the impression EON earns its money in Germany to burn it abroad,” Ingo Speich, a portfolio manager at Union Investment GmbH, a top-10 holder of the shares, said at the meeting in Essen. “Synergies across national or even continental borders are rare in the energy industry.” Other shareholders also pointed to the risks of the expansion.
EON has teamed up “with good, strong partners,” Chief Executive Officer Johannes Teyssen told shareholders. “Brazil and Turkey will be a great pleasure for you.”
European utilities are contending with weaker demand and a slower economic outlook ahead of Germany’s planned exit from nuclear energy by 2022. EON, which scrapped previous profit forecasts for 2013, plans to reduce capital spending and is selling assets to cut costs. The Dusseldorf-based utility, which is increasingly focusing on expansion abroad, is also studying whether to close unprofitable power plants at home.
EON today confirmed a forecast from January that this year’s adjusted net income, which the company uses to calculate its dividend, will drop to 2.2 billion euros ($2.9 billion) to 2.6 billion euros from 4.2 billion euros a year earlier. Chief Executive Officer Johannes Teyssen said at last year’s AGM that it’s “clear that EON has gotten past the worst and that our room for maneuver increases with each passing day.”
Growing Markets
EON will reduce its annual investments from 7 billion euros in 2012 to about 6 billion euros this year and to 4.5 billion euros in 2015, the company said in March.
In a move that signals a shift to faster-growing markets, the utility said in March it plans to increase its stake in Brazil’s MPX Energia SA (MPXE3) to 36 percent, paying billionaire Eike Batista as much as 1.56 billion reais ($776 million). EON plans to raise more than 2 billion euros in the next two years selling regional units and a stake in nuclear-fuel processing business Urenco.
RWE AG (RWE), Germany’s second-largest utility, said in March it will sell its Dea oil and gas unit to cut capital spending after scrapping a target for asset disposals of 7 billion euros by the end of the year. The Essen-based company reported a 28 percent decline in 2012 net income to 1.31 billion euros.
Portal OZK News: estaleiro da OSX no Porto do Açu ficou vazio após demissão em massa
cerca de 150 pessoas demitidas no Porto do Açu nesta sexta (03), em São João da Barra
Estaleiro vazio após demissão em massa, nesta sexta (03)

Desde às 7h desta
sexta-feira (03), uma fila foi se formando no RH da empresa OSX, no Complexo
Portuário do Açu, 5º Distrito de São João da Barra, com cerca de 150
trabalhadores que estão sendo demitidos. Vários deles estão chorando,
desesperados pela perda do emprego. Eles dizem que fizeram dívidas contando com
o emprego. Alguns, não tem nem três meses que mudaram de empresa ou que
conseguiram o sonhado emprego, pois não tinha nenhum.
ATUALIZAÇÃO 11h03 - Na fila de demissão, estão gerente,
coordenadores, analistas, assistentes, entre outros trabalhadores. O sentimento
de funcionários que não estão na fila é de tristeza. Estão angustiados,
apreensivos e na incerteza de continuar no emprego. Inclusive gestores.
“Não se sabe o futuro
da gente, não sabemos o que pode acontecer, não sabemos se seremos os próximos.
A gente continua… HOJE. Amanhã, não se sabe”, disse um internauta que optou por não se identificar através do Canal
Fale Conosco do Portalozk.com .
ATUALIZAÇÃO 11h40 - Informações que chegam a redação do
Portalozk.com dão conta de demissões de trabalhadores também por parte da
empresa Acciona. Segundo funcionários, as horas extras foram cortadas e os
funcionários não trabalharão aos sábados, faltando já a partir de amanhã (04).
Novos cortes estão previstos nos próximos dias ou semanas. Funcionários que
permanecem já trabalham desestimulados, alguns já estão montando currículos,
mesmo ainda não sendo demitido.
“O clima é fúnebre
aqui no Porto”, comentou outro funcionário que optou
por não se identificar, fazendo contato através do Canal Fale Conosco SMS do
Portalozk.com.
ATUALIZAÇÃO 13h41 - A LLX, de Eike Batista, através de
nota encaminhada ao Portalozk.com , informa que as obras do Superporto do Açu,
em São João da Barra, seguem em ritmo intenso, de acordo com o cronograma e com
início de operação previsto para este ano. A construção do quebra-mar do TX1,
terminal offshore que irá movimentar petróleo e minério de ferro, já foi iniciada
e a previsão é que os primeiros blocos cheguem ao empreendimento no 2º semestre
de 2013. O terminal estará pronto para movimentação a partir de Julho de 2014.
Já o TX2, que
movimentará carga geral, granéis líquidos e sólidos, carvão e carga de projeto,
entre outros, conta com mais de 5 km do canal construídos, com profundidade que
chegará a até 18,5 metros. Também já foi iniciada a construção do cais do
terminal, com a cravação de cerca de 250 estacas.
O TX2 também conta
com área dedicada a indústrias de apoio offshore, onde já estão em construção
várias unidades industriais de empresas que atenderão a indústria de petróleo e
gás, prestando serviços às operações offshore de E&P.
A operação do TX2,
assim como a de alguns clientes como NOV, Technip e Intermoor, está prevista
para este ano.
MAIS - Ontem (02), a empresa AGF, que também atua no Complexo Portuário do Açu,
em São João da Barra, demitiu 101 pessoas naquele
estaleiro e já tem previsão de mais 80 cortes até o próximo dia 15
(quarta-feira).
O Porto do Açu na encruzilhada
A notícia abaixo publicada pelo Jornal Folha da Manhã traz vários aspectos curiosos sobre como funciona (ou deixa de funcionar) a estratégia de implantação do chamado Complexo Industrial-Portuário do Açu. Vamos aos aspectos que merecem atenção:
1. A matéria reconhece a dependência do Grupo EB(X) em relação a grandes investimentos estatais para lhe oferecer algo básico: uma malha de transporte ferroviário que conecte um ponto isolado (o porto) às áreas produtoras de diferentes commodities.
2; Esse reconhecimento é agravado pelo fato de que não há nada de concreto neste momento para que tal malha seja construída. Quando muito existem planos e promessas. Mas será que o genial Eike Batista não pensou nisso quando prometeu transformar São João da Barra na Roterdã dos trópicos? Se não pensou é um erro primário. Se pensou e não fez nada para resolver com recursos próprios um problema que ele mesmo criou, Eike Batista sai muito mal na fotografia. Afinal, o mercado pune duramente quem promete e não tem como cumprir.
3. Outro aspecto que a matéria levanta é que o governo federal considera o porto do Açu como sendo "estratégico"? Será mesmo? É que aqui mesmo no estado do Rio de Janeiro, o Grupo EB(X) está construindo o porto Sudeste que, aliás, vai indo em melhor ritmo. Além disso, há ainda a possibilidade de diversos portos serem construídos no Espírito Santo, começando pelo porto de Presidente Kennedy, logo aqui na fronteira entre os dois estados. Se fosse tão estratégico, não estariam sendo dadas tantas autorizações para novos portos. Dadas as suas idas e vindas, o porto do Açu é importante, mas não tão importante quanto o Grupo EB(X) quis fazer parecer, e ainda tem gente tenta nos convencer de que é.
4. Colabora contra o porto do Açu, e tantos outros pontos de escoamento de commodities, a grave crise econômica que assola a União Européia e o fraco desempenho da economia chinesa. Como essa situação só vai piorar em 2013, estruturas voltadas para a exportação de produtos agrícolas e minerais perigam ficar com demanda suprimida pelo menos até 2014. Se isso se confirmar, o porto do Açu pode demorar ainda mais a ser concluído. Pior ainda é a possibilidade de que jamais seja concluído.
Finalmente, o que mais me impressiona é a falta de apetite para uma discussão tão óbvia sobre as pressões e agruras que o empreendimento do Açu recebe aqui na região. De um lado ficam os que torcem descaradamente para que o bode não afunde na areia salgada do V Distrito de São João da Barra. De outro ficam os que poderiam analisar criticamente o processo e se calam. E no meio disso tudo ficam os agricultores e pescadores do V Distrito que tiveram suas vidas reviradas e até agora não foram ressarcidos por isso.
Estradas de acesso ao porto do Açu à espera do governo

As estradas de ferro que deverão viabilizar a funcionalidade do Superporto do Açu poderão vir do apoio do governo federal. É que o empresário Eike Batista estaria aguardando apenas a sinalização do governo Dilma Rousseff para a viabilização do trecho ligando o empreendimento ao resto da malha ferroviária do país. A informação foi postada pelo blog Painel, hospedado na Folha Online e assinado pelo jornalista Saulo Pessanha, com base em matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo.
“Os trechos, informa o Estado de São Paulo, devem ser licitados até setembro. Pelas regras do novo modelo ferroviário, Eike não precisará colocar nenhum centavo. A não ser que deseje. Todo o risco será do governo”, diz a nota.
De acordo com a divulgação, o sistema vai funcionar da seguinte maneira: uma determinada empresa construirá as ferrovias, o governo federal comprará sua capacidade de transporte e fará a revenda para empresas interessadas em usar os trilhos. No entanto, se não houver demanda, o ônus da conta ficará com o próprio governo federal. O procedimento vale para todas as ferrovias, “mas, no caso do Açu, o discurso oficial é que tal porto é ‘estratégico’ no esforço para tirar o transporte de carga marítima do sufoco”.Em nota, a assessoria da LLX informou que o “Superporto do Açu está contemplado em dois trechos ferroviários previstos no Programa de Investimentos em Logística, anunciado pelo governo federal em 15 de agosto de 2012. Um dos trechos ferroviários conecta Uruaçu (GO) a Campos dos Goytacazes, a apenas 43 km do Superporto do Açu. O traçado passará também por Brasília (DF), Corinto, Conceição do Mato Dentro e Ipatinga (todos em MG).
Este trecho possibilitará a ligação do Superporto do Açu com o Centro-Oeste brasileiro, além de parte do Sudeste, criando uma nova alternativa para a exportação de vários produtos, principalmente grãos e minério de ferro”. Ainda de acordo com a nota, “o trecho irá ligar Vitória (ES) ao Rio de Janeiro, passando por Campos do Goytacazes. Neste traçado está previsto um ramal ferroviário que irá conectar o Superporto do Açu à malha ferroviária brasileira. Com isso, o empreendimento estará conectado ao Sudeste e Sul do país”, conclui a nota.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Portal OZKNews informa: mais demissões no "superporto" do Açu
Quem lê a matéria abaixo publicada pelo portal de notícias OZKNews poderá verificar uma vez por todas que a crise financeira do Grupo EBX se abateu de maneira fulminante sobre as obras do Porto do Açu.
Se realmente existir uma operação "Salva Eike" em funcionamento é bom que comece a dar resultados o mais rápido possível. Do contrário, a conclusão das obras do Porto do Açu vai ficar definitivamente para as calendas.
Os agricultores do Açu que não tem nada ver com a desgraceira que se abateu sobre Eike Batista devem estar se perguntando porque raios ainda estão tendo suas terras desapropriadas pela CODIN!
Mais demissões no Superporto do Açu, em São João da Barra
Por Leonardo Ferreira
O Superporto do Açu, investimento do empresário Eike Batista que é construído em São João da Barra, segue com demissões de vários funcionários. A informação foi passada a InterTv, afiliada Rede Globo, por dois trabalhadores de uma indústria que trabalham na construção do estaleiro e foi confirmada pela assessoria da OSX, empresa do grupo que é responsável pela obra. Há algumas semanas o Portalozk.com vem noticiando demissões naquele ambiente.
Segundo informações passadas pelos funcionários, que não quiseram se identificar por medo de represálias, mais de 100 trabalhadores foram dispensados da obra do estaleiro. Além disso, a empresa terceirizada que cuida dessa área teria recebido uma ordem da OSX para demitir 60% dos 300 funcionários que trabalham atualmente no estaleiro.
A preocupação de quem presta serviços no Superporto é ainda maior pelo prazo, já que segundo os próprios funcionários, mais uma remessa de trabalhadores seria desligada nesta quinta-feira (02).
“Tem muita gente que saiu de suas cidades e veio de longe pensando em ser uma boa proposta de serviço e isso não aconteceu. A chefia passou em vários setores e disse que ia ter corte no número de funcionários. Falaram que eles precisariam ter essas reduções porque o porto estaria passando por uma má fase. Se o funcionário tem problema de saúde, ele sofre com essa situação. Todo mundo ficou abalado, muitas pessoas saíram de longe e fizeram dívidas por aqui”, disse um funcionário que não se identificou.
Outro funcionário, que trabalha na mesma empresa terceirizada que constrói o estaleiro, comentou que o clima entre os trabalhadores é de muita apreensão.
“Tem vezes que a gente para o trabalho para pensar no que está acontecendo e o clima é de nervosismo e ansiedade. A gente está trabalhando, mas não consegue nem fazer as coisas direito. Ninguém chega abertamente para falar como está a situação, mas o que sei é que muita gente está sendo dispensada. Uma sala que tinha 49 engenheiros agora só tem 04”, contou outro funcionário.
Questionada sobre as supostas demissões que aconteceram no Porto do Açu e sobre os cortes que podem voltar a acontecer a partir desta quinta-feira (02), a OSX enviou uma nota sobre o assunto.
“A OSX esclarece que o desligamento de colaboradores faz parte de um processo de adequação da equipe da empresa à sua atual carteira de encomendas, que conta com unidades contratadas pela OGX, Petrobras, Sapura e Kingfish. Este processo visa uma adaptação ao atual cenário do mercado no país neste ano. Com um ajuste da equipe de colaboradores do estaleiro, é natural que serviços de apoio também sofram adequações, o mesmo ocorrendo com serviços terceirizados. As obras do estaleiro seguem concentradas nas áreas e estruturas necessárias ao desenvolvimento dos projetos em carteira”, disse a íntegra da nota.
Sobre uma suposta crise financeira, a OSX não comentou.
Manifestantes voltam a ocupar Belo Monte
Um grupo de índios, quilombolas, ribeirinhos e ambientalistas ocupou na manhã desta quinta-feira um dos canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará; os manifestantes pedem que as obras de todos os empreendimentos hidrelétricos na Amazônia sejam suspensas até que o processo de consulta prévia aos povos tradicionais, previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), seja regulamentado
Alex Rodrigues, Repórter Agência Brasil
Brasília – Um grupo de índios, quilombolas, ribeirinhos e ambientalistas ocuparam na manhã de hoje (2), um dos canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. Os manifestantes pedem que as obras de todos os empreendimentos hidrelétricos na Amazônia sejam suspensas até que o processo de consulta prévia aos povos tradicionais, previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), seja regulamentado.
Aprovado pelo Congresso Nacional em 20 de junho de 2002, na forma do Decreto nº143, e promulgado pela Presidência da República em 19 de abril de 2004, a Convenção nº169estabelece, entre outras coisas, que os povos indígenas e os que são regidos, total ou parcialmente, por seus próprios costumes e tradições ou por legislação especial, devem ser consultados sempre que medidas legislativas ou administrativas afetarem seus interesses. A convenção determina que a consulta deve ser feita “mediante procedimentos apropriados” e por meio de suas instituições representativas, “com o objetivo de se chegar a um acordo e conseguir o consentimento acerca das medidas propostas”. O texto entrou em vigor, com força de lei, em 2003.
Em janeiro de 2012, o governo federal instituiu um grupo de trabalho interministerial para avaliar e apresentar a proposta governamental de regulamentação dos mecanismos de consulta prévia. O grupo é coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores e pela Secretaria-Geral da Presidência da República e conta com a participação de vários órgãos e entidades governamentais.
Em nota, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) informa que ao menos 200 índios das etnias Munduruku, Juruna, Kayapó, Xipaya, Kuruaya, Asurini, Parakanã e Arara participam do protesto. Já a Polícia Militar do Pará informou à Agência Brasil que não passa de 50 o número de índios que, junto com mais alguns manifestantes, fecharam o acesso de caminhões ao Sítio Belo Monte, um dos três grandes canteiros de obras do empreendimento, localizado a 55 quilômetros de Altamira (PA).
Tanto a PM quanto a assessoria do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) informaram à reportagem que nenhum ato de violência ou dano ao patrimônio foi registrado até o momento. Mesmo assim, os trabalhos foram paralisados por motivos de segurança, tanto dos trabalhadores quanto dos manifestantes. Vinte policiais militares do Comando de Missões Especiais da PM, que já se encontravam no local, monitoram a situação. Além disso, a Polícia Federal já foi acionada.
Os manifestantes não apresentaram nenhuma reivindicação ao Consórcio Construtor Belo Monte ou à Norte Energia, empresa responsável pelo empreendimento. A Agência Brasil ainda não conseguiu contactar as lideranças do movimento.
Leia a íntegra da carta divulgada pelos manifestantes e reproduzida pelo Cimi, organização não-governamental indigenista ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
"Nós somos a gente que vive nos rios em que vocês querem construir barragens. Nós somos Munduruku, Juruna, Kayapó, Xipaya, Kuruaya, Asurini, Parakanã, Arara, pescadores e ribeirinhos. Nós somos da Amazônia e queremos ela em pé. Nós somos brasileiros. O rio é nosso supermercado. Nossos antepassados são mais antigos que Jesus Cristo.
Vocês estão apontando armas na nossa cabeça. Vocês sitiam nossos territórios com soldados e caminhões de guerra. Vocês fazem o peixe desaparecer. Vocês roubam os ossos dos antigos que estão enterrados na nossa terra.
Vocês fazem isso porque tem medo de nos ouvir. De ouvir que não queremos barragem. De entender porque não queremos barragem.
Vocês inventam que nós somos violentos e que nós queremos guerra. Quem mata nossos parentes? Quantos brancos morreram e quantos indígenas morreram? Quem nos mata são vocês, rápido ou aos poucos. Nós estamos morrendo e cada barragem mata mais. E quando tentamos falar vocês trazem tanques, helicópteros, soldados, metralhadoras e armas de choque.
O que nós queremos é simples: vocês precisam regulamentar a lei que regula a consulta prévia aos povos indígenas. Enquanto isso vocês precisam parar todas as obras e estudos e as operações policiais nos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires. E então vocês precisam nos consultar.
Nós queremos dialogar, mas vocês não estão deixando a gente falar. Por isso nós ocupamos o seu canteiro de obras. Vocês precisam parar tudo e simplesmente nos ouvir."

Campanha Salarial agita a UERJ, enquanto a UENF é negligenciada por Sérgio Cabral
Após ter conseguido arrancar do (des) governo de Sérgio Cabral a implantação do Regime de Dedicação Exclusiva (DE) para os docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a associação de docentes agora começa a agitar a UERJ com uma campanha salarial para repor as perdas salariais causadas pela inflação.
Enquanto isso na Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), os docentes continuam sem o pagamento da DE e confrontados com a posição do (des) governo Cabral de quebrar a estrutura desse regime para possibilitar a contratação de docentes isentos da dedicação exclusiva à instituição.
É como diz o velho ditado "o (des) governo Cabral está plantando ventos na UENF". Só não reclamem se colherem tempestades, digo eu!
Assinar:
Postagens (Atom)